diff --git a/documentation/content/pt-br/articles/rc-scripting/_index.adoc b/documentation/content/pt-br/articles/rc-scripting/_index.adoc index 2f4e667517..786fc7b14d 100644 --- a/documentation/content/pt-br/articles/rc-scripting/_index.adoc +++ b/documentation/content/pt-br/articles/rc-scripting/_index.adoc @@ -1,607 +1,623 @@ --- -title: Scripts rc.d práticos no BSD authors: - - author: Yar Tikhiy + - + author: 'Yar Tikhiy' email: yar@FreeBSD.org -copyright: 2005-2006, 2012 The FreeBSD Project +copyright: '2005-2006, 2012 The FreeBSD Project' +description: 'Um guia para escrever novos scripts rc.d e entender aqueles que já existem' +tags: ["rc.d", "scripting", "guide", "tutorial", "FreeBSD"] +title: 'Scripting rc.d na prática no BSD' trademarks: ["freebsd", "netbsd", "general"] --- -= Scripts rc.d práticos no BSD += Scripting rc.d na prática no BSD :doctype: article :toc: macro :toclevels: 1 :icons: font :sectnums: :sectnumlevels: 6 :source-highlighter: rouge :experimental: :images-path: articles/rc-scripting/ ifdef::env-beastie[] ifdef::backend-html5[] include::shared/authors.adoc[] include::shared/mirrors.adoc[] include::shared/releases.adoc[] include::shared/attributes/attributes-{{% lang %}}.adoc[] include::shared/{{% lang %}}/teams.adoc[] include::shared/{{% lang %}}/mailing-lists.adoc[] include::shared/{{% lang %}}/urls.adoc[] :imagesdir: ../../../images/{images-path} endif::[] ifdef::backend-pdf,backend-epub3[] include::../../../../shared/asciidoctor.adoc[] endif::[] endif::[] ifndef::env-beastie[] include::../../../../../shared/asciidoctor.adoc[] endif::[] [.abstract-title] Resumo -Os iniciantes podem achar difícil relacionar os fatos da documentação formal do framework [.filename]#rc.d# do BSD com as tarefas práticas do script [.filename]#rc.d#. Neste artigo, consideramos alguns casos típicos de complexidade crescente, vamos mostrar os recursos do [.filename]#rc.d# adequados para cada caso e vamos discutir como eles funcionam. Esse exame deve fornecer pontos de referência para um estudo mais aprofundado do design e da aplicação eficiente do [.filename]#rc.d#. +Os iniciantes podem achar difícil relacionar os fatos da documentação formal sobre o framework [.filename]#rc.d# do BSD com as tarefas práticas de escrever scripts [.filename]#rc.d#. Neste artigo, consideramos alguns casos típicos de crescente complexidade, mostramos recursos do [.filename]#rc.d# adequados para cada caso e discutimos como eles funcionam. Essa análise deve fornecer pontos de referência para estudos posteriores do design e aplicação eficiente do [.filename]#rc.d#. ''' toc::[] [[rcng-intro]] == Introdução -Historicamente o BSD tinha um script de inicialização monolítico, o [.filename]#/etc/rc#. Ele era chamado pelo man:init[8] no momento da inicialização do sistema e executava todas as tarefas necessárias para a operação multi-usuário: verificação e montagem do sistemas de arquivos, configuração de rede, iniciava daemons e assim por diante. A lista precisa de tarefas não era a mesma em todos os sistemas; os administradores precisavam personalizá-lo. Com poucas exceções, o [.filename]#/etc/rc# teve que ser modificado, e os verdadeiros hackers gostaram disso. +No histórico BSD, havia um script de inicialização monolítico, [.filename]#/etc/rc#. Ele era invocado pelo man:init[8] no momento da inicialização do sistema e realizava todas as tarefas de usuário necessárias para a operação multiusuário: verificação e montagem de sistemas de arquivos, configuração da rede, inicialização de daemons e assim por diante. A lista precisa de tarefas não era a mesma em todos os sistemas; os administradores precisavam personalizá-la. Com poucas exceções, o [.filename]#/etc/rc# tinha que ser modificado, e os verdadeiros hackers gostavam disso. -O problema real com a abordagem monolítica era que ela não fornecia nenhum controle sobre os componentes individuais iniciados a partir do [.filename]#/etc/rc#. Por exemplo, o [.filename]#/etc/rc# não podia reiniciar um único daemon. O administrador do sistema tinha que encontrar o processo daemon manualmente, matá-lo, esperar até que ele realmente finalizasse, então procurar pelas flags no [.filename]#/etc/rc#, e finalmente digitar a linha de comando completa para iniciar o daemon novamente. A tarefa se tornaria ainda mais difícil e propensa a erros se o serviço de reinicialização consistisse em mais de um daemon ou exigisse ações adicionais. Em poucas palavras, o único script não cumpriu o objetivo dos scripts: tornar a vida do administrador do sistema mais fácil. +O problema real com a abordagem monolítica era que ela não fornecia controle sobre os componentes individuais iniciados a partir do [.filename]#/etc/rc#. Por exemplo, o [.filename]#/etc/rc# não podia reiniciar um único daemon. O administrador do sistema tinha que encontrar o processo do daemon manualmente, matá-lo, aguardar até que ele realmente finalizasse, navegar por [.filename]#/etc/rc# em busca das flags e, finalmente, digitar a linha de comando completa para iniciar o daemon novamente. A tarefa se tornaria ainda mais difícil e propensa a erros se o serviço a ser reiniciado consistisse em mais de um daemon ou exigisse ações adicionais. Em poucas palavras, o script único falhou em cumprir o objetivo pelo qual um script é criado: tornar a vida do administrador do sistema mais fácil. -Mais tarde, houve uma tentativa de dividir algumas partes do [.filename]#/etc/rc# para iniciar os subsistemas mais importantes separadamente. O exemplo notório foi o [.filename]#/etc/netstart# para configurar a rede. Ele permitia acessar a rede a partir do modo single-user, mas não se integrou bem ao processo de inicialização automática porque partes de seu código precisavam intercalar com ações essencialmente não relacionadas à rede. Foi por isso que o [.filename]#/etc/netstart# mudou para [.filename]#/etc/rc.network#. Este último não era mais um script comum; ele era composto por um emaranhado de funções man:sh[1] chamadas pelo [.filename]#/etc/rc# em diferentes estágios da inicialização do sistema. No entanto, a medida que as tarefas de inicialização cresciam variadas e sofisticadas, a abordagem "quase modular" tornou-se ainda mais engessada do que o monolítico [.filename]#/etc/rc#. +Mais tarde, houve uma tentativa de dividir algumas partes do [.filename]#/etc/rc# para iniciar os subsistemas mais importantes separadamente. O exemplo notório foi o [.filename]#/etc/netstart# para iniciar a rede. Isso permitiu o acesso à rede no modo de usuário único, mas não se integrou bem ao processo de inicialização automática porque partes de seu código precisavam intercalar com ações essencialmente não relacionadas à rede. Foi por isso que o [.filename]#/etc/netstart# se transformou em [.filename]#/etc/rc.network#. Este último não era mais um script comum; era composto de grandes funções man:sh[1] complexas chamadas pelo [.filename]#/etc/rc# em diferentes estágios da inicialização do sistema. No entanto, à medida que as tarefas de inicialização ficaram mais diversas e sofisticadas, a abordagem "quase modular" tornou-se ainda mais pesada do que o monolítico [.filename]#/etc/rc# tinha sido. -Sem um framework limpo e bem projetado, os scripts de inicialização tiveram que se curvar para satisfazer as necessidades de desenvolvimento rápido dos sistemas operacionais baseados no BSD. Tornou-se óbvio, finalmente, que mais passos eram necessários no caminho para construção de um sistema [.filename]#rc# extensível e customizável. Assim nasceu o BSD [.filename]#rc.d#. Seus pais reconhecidos foram o Luke Mewburn e a comunidade do NetBSD. Mais tarde ele foi importado para o FreeBSD. Seu nome se refere à localização dos scripts do sistema para serviços individuais, que é o [.filename]#/etc/rc.d#. Em breve, vamos aprender sobre mais componentes do sistema [.filename]#rc.d# e vamos ver como os scripts individuais são invocados. +Sem um framework limpo e bem projetado, os scripts de inicialização tiveram que se dobrar para atender às necessidades dos sistemas operacionais baseados em BSD que estavam em rápida evolução. Tornou-se evidente, finalmente, que mais etapas eram necessárias para se chegar a um sistema [.filename]#rc# refinado, granular e extensível. Assim nasceu o [.filename]#rc.d# do BSD. Seus pais reconhecidos foram Luke Mewburn e a comunidade NetBSD. Mais tarde, foi importado para o FreeBSD. Seu nome se refere ao local dos scripts do sistema para serviços individuais, que está em [.filename]#/etc/rc.d#. Em breve, aprenderemos mais sobre os componentes do sistema [.filename]#rc.d# e veremos como os scripts individuais são invocados. -As idéias básicas por trás do BSD [.filename]#rc.d# são _modularidade fina_ e __reutilização de código__. _Modularidade fina_ significa que cada "serviço básico", como um daemon do sistema ou uma tarefa de inicialização primitiva, obtém seu próprio script man:sh[] capaz de iniciar o serviço, pará-lo, recarregá-lo e verificar seu status. Uma ação específica é escolhida pelo argumento da linha de comando para o script. O script [.filename]#/etc/rc# ainda comanda a inicialização do sistema, mas agora ele simplesmente invoca os scripts menores um por um com o argumento `start`. É fácil executar tarefas de desligamento executando o mesmo conjunto de scripts com o argumento `stop`, o que é feito pelo [.filename]#/etc/rc.shutdown#. Observe como isso segue de perto o modo Unix de ter um conjunto de pequenas ferramentas especializadas, cada uma cumprindo sua tarefa da melhor forma possível. _Reutilização de código_ significa que operações comuns são implementadas como funções man:sh[1] e coletadas em [.filename]#/etc/rc.subr#. Agora, um script típico pode conter apenas algumas linhas de código man:sh[1]. Finalmente, uma parte importante do framework do [.filename]#rc.d# é man:rcorder[8], o qual ajuda o [.filename]#/etc/rc# a executar os pequenos scripts ordenadamente em relação às dependências entre eles. Ele também pode ajudar o [.filename]#/etc/rc.shutdown#, porque a ordem apropriada para a sequência de encerramento é oposta à da inicialização. +As ideias básicas por trás do [.filename]#rc.d# do BSD são _modularidade fina_ e __reutilização de código__. _Modularidade fina_ significa que cada "serviço" básico, como um daemon do sistema ou uma tarefa de inicialização primitiva, possui seu próprio script man:sh[1] capaz de iniciar o serviço, pará-lo, recarregá-lo e verificar seu status. Uma ação específica é escolhida pelo argumento da linha de comando do script. O script [.filename]#/etc/rc# ainda conduz a inicialização do sistema, mas agora ele apenas invoca os scripts menores um por um com o argumento `start`. Também é fácil realizar tarefas de desligamento executando o mesmo conjunto de scripts com o argumento `stop`, que é feito por [.filename]#/etc/rc.shutdown#. Observe como isso segue de perto a maneira Unix de ter um conjunto de ferramentas especializadas pequenas, cada uma cumprindo sua tarefa da melhor maneira possível. _Reutilização de código_ significa que operações comuns são implementadas como funções man:sh[1] e coletadas em [.filename]#/etc/rc.subr#. Agora, um script típico pode ser composto apenas de algumas linhas de código man:sh[1]. Finalmente, uma parte importante do framework [.filename]#rc.d# é o man:rcorder[8], que ajuda o [.filename]#/etc/rc# a executar os pequenos scripts de maneira ordenada com respeito às dependências entre eles. Isso também pode ajudar o [.filename]#/etc/rc.shutdown#, porque a ordem apropriada para a sequência de desligamento é oposta à de inicialização. -O design do BSD [.filename]#rc.d# é descrito no <>, e os componentes do [.filename]#rc.d# são documentados em grande detalhe nas <>. No entanto, pode não parecer óbvio para um novato em [.filename]#rc.d# como amarrar os inúmeros pedaços juntos para criar um script bem estilizado para uma tarefa específica. Portanto, este artigo tentará uma abordagem diferente para descrever o [.filename]#rc.d#. Ele mostrará quais recursos devem ser usados em vários casos típicos e por quê. Note que este não é um documento explicativo porque nosso objetivo não é fornecer receitas prontas, mas mostrar algumas entradas fáceis no domínio do [.filename]#rc.d#. Nem este artigo é um substituto para as páginas de manual relevantes. Não hesite em consultá-los para obter uma documentação mais formal e completa ao ler este artigo. +O design do BSD [.filename]#rc.d# é descrito no <>, e os componentes do [.filename]#rc.d# são documentados em grande detalhe nas <>. No entanto, pode não ser óbvio para um iniciante no [.filename]#rc.d# como ele deve unir as numerosas partes para criar um script bem estruturado para uma tarefa específica. Portanto, este artigo tentará abordar o [.filename]#rc.d# de forma diferente. Mostrará quais recursos devem ser usados em vários casos típicos e por que. Observe que este não é um documento de "como fazer", porque nosso objetivo não é fornecer receitas prontas, mas mostrar algumas entradas fáceis no mundo do [.filename]#rc.d#. Este artigo também não substitui as páginas do manual relevantes. Não hesite em consultá-las para obter documentação mais formal e completa enquanto lê este artigo. -Existem pré-requisitos para entender este artigo. Primeiro de tudo, você deve estar familiarizado com a linguagem de script man:sh[1] para poder dominar o [.filename]#rc.d#. Além disso, você deve saber como o sistema executa as tarefas de inicialização e encerramento do userland, o que está descrito em man:rc[8]. +Existem pré-requisitos para entender este artigo. Em primeiro lugar, você deve estar familiarizado com a linguagem de script man:sh[1] para dominar o [.filename]#rc.d#. Além disso, você deve saber como o sistema realiza tarefas de inicialização e desligamento do espaço do usuário, o que é descrito em man:rc[8]. -Este artigo foca no branch [.filename]#rc.d# do FreeBSD. No entanto, ele também pode ser útil para os desenvolvedores do NetBSD, porque os dois branchs [.filename]#rc.d# do BSD não apenas compartilham o mesmo design, mas também permanecem similares em seus aspectos visíveis aos autores do script. +Este artigo foca no ramo do FreeBSD do [.filename]#rc.d#. No entanto, ele pode ser útil também para desenvolvedores do NetBSD, pois os dois ramos do [.filename]#rc.d# não apenas compartilham o mesmo design, mas também permanecem similares em seus aspectos visíveis aos autores de scripts. [[rcng-task]] == Esboçando a tarefa -Um pouco de consideração antes de iniciar o `$EDITOR` não irá prejudicar. Para escrever um script [.filename]#rc.d# corretamente customizado para um serviço do sistema, devemos poder responder as seguintes questões primeiro: +Uma pequena reflexão antes de iniciar o `$EDITOR` não fará mal. Para escrever um script [.filename]#rc.d# bem elaborado para um serviço do sistema, devemos ser capazes de responder às seguintes perguntas primeiro: * O serviço é obrigatório ou opcional? * O script servirá um único programa, por exemplo, um daemon, ou realizará ações mais complexas? * De quais outros serviços nosso serviço dependerá e vice-versa? A partir dos exemplos que se seguem, veremos o porque é importante conhecer as respostas a essas perguntas. [[rcng-dummy]] == Um script fictício O script a seguir apenas emite uma mensagem toda vez que o sistema é inicializado: [.programlisting] .... #!/bin/sh <.> . /etc/rc.subr <.> name="dummy" <.> start_cmd="${name}_start" <.> stop_cmd=":" <.> dummy_start() <.> { echo "Nothing started." } load_rc_config $name <.> run_rc_command "$1" <.> .... -Os pontos a serem observadas são: +Os pontos a serem observados são: -➊ Um script interpretado deve começar com a linha mágica "shebang". Essa linha especifica o programa interpretador para o script. Devido a linha shebang, o script pode ser invocado exatamente como um programa binário, desde que tenha o bit de execução definido. (Veja man:chmod[1].) Por exemplo, um administrador do sistema pode executar nosso script manualmente, a partir da linha de comando: +➊ Um script interpretado deve começar com a linha mágica "shebang". Essa linha especifica o programa interpretador para o script. Devido à linha shebang, o script pode ser invocado exatamente como um programa binário, desde que tenha o bit de execução definido. (Veja man:chmod[1].) Por exemplo, um administrador do sistema pode executar nosso script manualmente, a partir da linha de comando: -[source,shell] +[source, shell] .... # /etc/rc.d/dummy start .... [NOTE] ==== -Para ser adequadamente gerenciado pelo framework do [.filename]#rc.d#, seus scripts precisam ser escritos na linguagem man:sh[1]. Se você tiver um serviço ou port que use um utilitário de controle binário ou uma rotina de inicialização escrita em outra linguagem, instale este elemento em [.filename]#/usr/sbin# (para o sistema) ou em [.filename]#/usr/local/sbin# (para um port) e invoque-o por meio de um script man:sh[1] no diretório apropriado do [.filename]#rc.d#. +Para ser gerenciado corretamente pelo framework [.filename]#rc.d#, os scripts devem ser escritos na linguagem man:sh[1]. Se você tiver um serviço ou port que usa um utilitário de controle binário ou uma rotina de inicialização escrita em outra linguagem, instale esse elemento em [.filename]#/usr/sbin# (para o sistema) ou [.filename]#/usr/local/sbin# (para ports) e chame-o a partir de um script man:sh[1] no diretório [.filename]#rc.d# apropriado. ==== [TIP] ==== -Caso você queira aprender os detalhes do porque os scripts [.filename]#rc.d# devem ser escritos na linguagem man:sh[1], veja como o [.filename]#/etc/rc# invoca-os por meio de `run_rc_script`, e então estude a implementação de `run_rc_script` em [.filename]#/etc/rc. subr#. +Se você gostaria de aprender os detalhes de por que os scripts [.filename]#rc.d# devem ser escritos na linguagem man:sh[1], veja como o [.filename]#/etc/rc# os invoca por meio de `run_rc_script` e, em seguida, estude a implementação de `run_rc_script` em [.filename]#/etc/rc.subr#. ==== -➋ Em [.filename]#/etc/rc.subr#, várias funções man:sh[1] estão definidas para serem utilizadas por um script [.filename]#rc.d#. As funções estão documentadas em man:rc.subr[8]. Embora seja teoricamente possível escrever um script [.filename]#rc.d# sem usar o man:rc.subr[8], as suas funções são extremamente úteis e tornam o trabalho mais fácil. Portanto, não é de surpreender que todos recorram a scripts man:rc.subr[8] em [.filename]#rc.d#. Nós não vamos ser uma exceção. +➋ Em [.filename]#/etc/rc.subr#, uma série de funções man:sh[1] estão definidas para serem utilizadas por um script [.filename]#rc.d#. As funções estão documentadas em man:rc.subr[8]. Embora seja teoricamente possível escrever um script [.filename]#rc.d# sem nunca usar o man:rc.subr[8], suas funções provam ser extremamente úteis e tornam o trabalho uma ordem de magnitude mais fácil. Portanto, não é surpresa que todo mundo recorra ao man:rc.subr[8] em scripts [.filename]#rc.d#. Não seremos uma exceção. -Um script [.filename]#rc.d# deve "incluir" o [.filename]#/etc/rc.subr# (isto por ser feito usando o comando "`.`") _antes_ que ele chame as funções do man:rc.subr[8] para que o man:sh[1] tenha a oportunidade para aprender as funções. O estilo preferido é incluir o [.filename]#/etc/rc.subr# antes de tudo. +Um script [.filename]#rc.d# deve fazer o "source" do [.filename]#/etc/rc.subr# (inclua-o usando "`.`") _antes_ de chamar as funções man:rc.subr[8] para que o man:sh[1] tenha a oportunidade de aprender as funções. O estilo preferido é incluir o [.filename]#/etc/rc.subr# antes de tudo. [NOTE] ==== -Algumas funções úteis relacionadas a rede são fornecidas por outro arquivo include, o [.filename]#/etc/network.subr#. +Algumas funções úteis relacionadas à rede são fornecidas por outro arquivo de inclusão, o [.filename]#/etc/network.subr#. ==== -➌ [[name-var]]A variável obrigatória `name` especifica o nome do nosso script. Ela é exigida pelo man:rc.subr[8]. Ou seja, cada script [.filename]#rc.d# __deve__ definir a variável `name` antes de chamar funções do man:rc.subr[8]. +➌ A variável obrigatória `name` especifica o nome do nosso script. Ela é exigida pelo man:rc.subr[8]. Isso significa que cada script [.filename]#rc.d# _deve_ definir `name` antes de chamar funções do man:rc.subr[8]. Agora é o momento certo para escolher um nome exclusivo para o nosso script de uma vez por todas. Vamos usá-lo em vários lugares enquanto desenvolvemos o script. Para começar, também vamos dar o mesmo nome ao arquivo de script. [NOTE] ==== -O estilo atual do script [.filename]#rc.d# é incluir valores atribuídos as variáveis entre aspas duplas. Tenha em mente que é apenas um problema de estilo que nem sempre pode ser aplicável. Você pode omitir com segurança as aspas das palavras simples sem os metacaracteres do man:sh[1] nelas, enquanto em certos casos você precisará de aspas simples para evitar qualquer interpretação do valor pelo man:sh[1]. Um programador deve ser capaz de dizer a sintaxe da linguagem a partir das convenções de estilo e bem como de usá-las sabiamente. +O estilo atual de escrita de scripts [.filename]#rc.d# é envolver os valores atribuídos às variáveis em aspas duplas. Tenha em mente que isso é apenas uma questão de estilo que nem sempre é aplicável. Você pode seguramente omitir as aspas ao redor de palavras simples sem metacaracteres man:sh[1], enquanto em certos casos você precisará de aspas simples para evitar qualquer interpretação do valor por man:sh[1]. Um programador deve ser capaz de distinguir a sintaxe da linguagem das convenções de estilo e usá-las sabiamente. ==== -➍ A idéia principal por trás do man:rc.subr[8] é que um script [.filename]#rc.d# fornece manipuladores, ou métodos, para o man:rc.subr[8] invocar. Em particular, `start`, `stop` e outros argumentos para um script [.filename]#rc.d# são tratados desta maneira. Um método é uma expressão man:sh[1] armazenada em uma variável denominada `argument_cmd`, no qual _argument_ corresponde ao que pode ser especificado na linha de comando do script. Vamos ver mais adiante como o man:rc.subr[8] fornece métodos default para os argumentos padrão. +➍ Cada script [.filename]#rc.d# fornece manipuladores, ou métodos, para o man:rc.subr[8] invocar. Em particular, `start`, `stop`, e outros argumentos para um script [.filename]#rc.d# são manipulados desta forma. Um método é uma expressão man:sh[1] armazenada em uma variável chamada `argument_cmd`, onde _argument_ corresponde ao que pode ser especificado na linha de comando do script. Veremos mais tarde como o man:rc.subr[8] fornece métodos padrão para os argumentos padrão. [NOTE] ==== -Para tornar o código em [.filename]#rc.d# mais uniforme, é comum usar `${name}` onde for apropriado. Assim, várias linhas podem ser copiadas de um script para outro. +Para tornar o código em [.filename]#rc.d# mais uniforme, é comum usar `${name}` sempre que apropriado. Assim, várias linhas podem ser simplesmente copiadas de um script para outro. ==== -➎ Devemos ter em mente que o man:rc.subr[8] fornece métodos default para os argumentos padrões. Consequentemente, devemos sobrescrever um método default com uma expressão no-op man:sh[] se desejarmos que ele não faça nada. +➎ Devemos ter em mente que o man:rc.subr[8] fornece métodos padrões para os argumentos padrões. Consequentemente, devemos substituir um método padrão por uma expressão man:sh[1] sem efeito se quisermos que ele não faça nada. -➏ O corpo de um método sofisticado pode ser implementado como uma função. É uma boa ideia tornar o nome da função significativo. +➏ O corpo de um método sofisticado pode ser implementado como uma função. É uma boa ideia dar um nome significativo à função. [IMPORTANT] ==== -É altamente recomendado adicionar o prefixo `${name}` aos nomes de todas as funções definidas em nosso script, para que eles nunca entrem em conflito com as funções do man:rc.subr[8] ou outro arquivo de inclusão comum. +Recomenda-se fortemente adicionar o prefixo `${name}` aos nomes de todas as funções definidas no nosso script para que nunca entrem em conflito com as funções de man:rc.subr[8] ou outro arquivo de inclusão comum. ==== -➐ Essa chamada ao man:rc.subr[8] carrega as variáveis do man:rc.conf[5]. Nosso script não faz uso delas ainda, mas ainda assim é recomendado carregar o man:rc.conf[5] pois podem haver variáveis man:rc.conf[5] controlando o man:rc.subr[8] propriamente dito. +➐ Essa chamada para o man:rc.subr[8] carrega as variáveis do man:rc.conf[5]. Nosso script ainda não as usa, mas ainda é recomendável carregar o man:rc.conf[5] porque pode haver variáveis do man:rc.conf[5] controlando o man:rc.subr[8] em si. -➑ Geralmente este é o último comando em um script [.filename]#rc.d#. Ele invoca o maquinário man:rc.subr[8] para executar a ação solicitada usando as variáveis e métodos que nosso script forneceu. +➑ Geralmente, esse é o último comando em um script [.filename]#rc.d#. Ele invoca a maquinaria do man:rc.subr[8] para realizar a ação solicitada usando as variáveis e métodos que o nosso script forneceu. [[rcng-confdummy]] == Um script fictício configurável -Agora vamos adicionar alguns controles ao nosso script fictício. Como você deve saber, os scripts [.filename]#rc.d# são controlados pelo man:rc.conf[5]. Felizmente, o man:rc.subr[8] esconde todas as complicações de nós. O script a seguir usa o man:rc.conf[5] via man:rc.subr[8] para ver se ele está habilitado em primeiro lugar, e buscar uma mensagem para mostrar no momento da inicialização. Estas duas tarefas são de fato independentes. Por um lado, um script [.filename]#rc.d# pode apenas suportar a ativação e desativação de seu serviço. Por outro lado, um script [.filename]#rc.d# obrigatório pode ter variáveis de configuração. Nós vamos fazer as duas coisas no mesmo script: +Agora vamos adicionar alguns controles ao nosso script fictício. Como você deve saber, scripts [.filename]#rc.d# são controlados com o man:rc.conf[5]. Felizmente, o man:rc.subr[8] oculta todas as complicações para nós. O script a seguir usa o man:rc.conf[5] por meio do man:rc.subr[8] para verificar se está habilitado em primeiro lugar e para buscar uma mensagem para ser exibida na inicialização. Essas duas tarefas, na verdade, são independentes. Por um lado, um script [.filename]#rc.d# pode apenas suportar a habilitação e desabilitação do seu serviço. Por outro lado, um script [.filename]#rc.d# obrigatório pode ter variáveis de configuração. No entanto, faremos as duas coisas no mesmo script: [.programlisting] .... #!/bin/sh . /etc/rc.subr name=dummy rcvar=dummy_enable <.> start_cmd="${name}_start" stop_cmd=":" load_rc_config $name <.> : ${dummy_enable:=no} <.> : ${dummy_msg="Nothing started."} <.> dummy_start() { echo "$dummy_msg" <.> } run_rc_command "$1" .... O que mudou neste exemplo? -➊ A variável `rcvar` especifica o nome da variável do botão ON/OFF. +➊ A variável `rcvar` especifica o nome da variável do botão LIGA/DESLIGA. -➋ Agora o `load_rc_config` é invocado anteriormente no script, antes que qualquer variável do man:rc.conf[5] seja acessada. +➋ Agora, o `load_rc_config` é invocado mais cedo no script, antes que quaisquer variáveis do man:rc.conf[5] sejam acessadas. [NOTE] ==== -Ao examinar os scripts [.filename]#rc.d#, tenha em mente que o man:sh[1] adia a avaliação de expressões em uma função até que a função seja chamada. Portanto, não é um erro invocar `load_rc_config` tão tarde quanto antes do `run_rc_comman` e ainda acessar as variáveis do man:rc.conf[5] a partir do método das funções exportadas para o `run_rc_command`. Isto ocorre porque as funções do método devem ser chamadas por `run_rc_command`, que é chamado _após_ o `load_rc_config`. +Enquanto examina os scripts [.filename]#rc.d#, tenha em mente que o man:sh[1] adia a avaliação de expressões em uma função até que esta seja chamada. Portanto, não é um erro invocar `load_rc_config` tão tarde quanto logo antes de `run_rc_command` e ainda assim acessar as variáveis man:rc.conf[5] das funções de método exportadas para `run_rc_command`. Isso ocorre porque as funções de método devem ser chamadas por `run_rc_command`, que é invocado _após_ `load_rc_config`. ==== -➌ Um aviso será emitido pelo `run_rc_command` se o próprio `rcvar` estiver definido, mas a variável de knob indicada não estiver definida. Se o seu script [.filename]#rc.d# for para o sistema base, você deve adicionar uma configuração padrão para o knob no [.filename]#/etc/defaults/rc.conf# e documentá-lo em man:rc.conf[5]. Caso contrário, será o seu script que deverá fornecer uma configuração padrão para o knob. A abordagem canônica para o último caso é mostrada no exemplo. +➌ Aviso será emitido pelo `run_rc_command` se o `rcvar` em si estiver configurado, mas a variável de controle indicada estiver desativada. Se o seu script [.filename]#rc.d# é para o sistema base, você deve adicionar uma configuração padrão para o knob em [.filename]#/etc/defaults/rc.conf# e documentá-lo em man:rc.conf[5]. Caso contrário, é seu script que deve fornecer uma configuração padrão para o knob. A abordagem canônica para o último caso é mostrada no exemplo. [NOTE] ==== -Você pode fazer o man:rc.subr[8] agir como se o knob fosse definido como `ON`, independentemente da sua configuração atual, prefixando o argumento para o script com `one` ou `force`, como em `onestart` ou `forcestop`. Tenha em mente que o `force` tem outros efeitos perigosos que mencionaremos abaixo, enquanto `one` apenas sobrescreve o knob ON/OFF. Por exemplo, suponha que `dummy_enable` seja `OFF`. O comando a seguir executará o método `start` apesar da configuração: +Você pode fazer o man:rc.subr[8] agir como se o botão estivesse definido como `ON`, independentemente de sua configuração atual, prefixando o argumento do script com `one` ou `force`, como em `onestart` ou `forcestop`. No entanto, tenha em mente que `force` tem outros efeitos perigosos que abordaremos abaixo, enquanto `one` apenas substitui o botão ON/OFF. Por exemplo, suponha que `dummy_enable` esteja definido como `OFF`. O seguinte comando executará o método `start` apesar da configuração: -[source,shell] +[source, shell] .... # /etc/rc.d/dummy onestart .... ==== -➍ Agora, a mensagem a ser mostrada no momento da inicialização não é mais codificada no script. Ela é especificada por uma variável do man:rc.conf[5] chamada `dummy_msg`. Este é um exemplo trivial de como as variáveis do man:rc.conf[5] podem controlar um script [.filename]#rc.d#. +➍ Agora a mensagem a ser exibida na inicialização não é mais codificada no script. É especificada por uma variável man:rc.conf[5] chamada `dummy_msg`. Este é um exemplo trivial de como as variáveis man:rc.conf[5] podem controlar um script [.filename]#rc.d#. [IMPORTANT] ==== -Os nomes de todas as variáveis do man:rc.conf[5] usadas exclusivamente pelo nosso script _devem_ possuir o mesmo prefixo: `${name}_`. Por exemplo: `dummy_mode`, `dummy_state_file`, e assim por diante. +Os nomes de todas as variáveis man:rc.conf[5] usadas exclusivamente pelo nosso script _devem_ ter o mesmo prefixo: `${name}_`. Por exemplo: `dummy_mode`, `dummy_state_file`, e assim por diante. ==== [NOTE] ==== -Embora seja possível usar um nome mais curto internamente, por exemplo, apenas `msg`, adicionar o prefixo exclusivo `${name}_` a todos os nomes globais introduzidos pelo nosso script nos salvará de possíveis colisões com o nome das funções existentes no man:rc.subr[8]. +Embora seja possível usar um nome mais curto internamente, por exemplo, apenas `msg`, adicionar o prefixo único `${name}_` a todos os nomes globais introduzidos pelo nosso script nos salvará de possíveis colisões com o namespace do man:rc.subr[8]. -Como regra, os scripts [.filename]#rc.d# do sistema base não precisam fornecer valores padrões para as suas variáveis man:rc.conf[5] porque os padrões devem ser definidos em [.filename]#/etc/defaults/rc.conf#. Por outro lado, os scripts [.filename]#rc.d# para os ports devem fornecer os valores padrões, conforme mostrado no exemplo. +Como regra geral, os scripts [.filename]#rc.d# do sistema base não precisam fornecer valores padrão para suas variáveis man:rc.conf[5], pois os valores padrão devem ser definidos em [.filename]#/etc/defaults/rc.conf#. Por outro lado, os scripts [.filename]#rc.d# para ports devem fornecer os valores padrão conforme mostrado no exemplo. ==== -➎ Aqui usamos `dummy_msg` para realmente controlar nosso script, ou seja, para emitir uma mensagem variável. O uso de uma função de shell é um exagero aqui, já que ele só executa um único comando; uma alternativa igualmente válida seria: +➎ Aqui usamos `dummy_msg` para controlar nosso script, ou seja, para emitir uma mensagem variável. O uso de uma função shell é excessivo aqui, uma vez que ela executa apenas um único comando; uma alternativa igualmente válida é: [.programlisting] .... start_cmd="echo \"$dummy_msg\"" .... [[rcng-daemon]] == Inicialização e desligamento de um daemon simples -Dissemos anteriormente que o man:rc.subr[8] poderia fornecer métodos padrão. Obviamente, estes padrões não podem ser muito gerais. Eles são adequados para o caso comum de iniciar e encerrar um programa daemon simples. Vamos supor agora que precisamos escrever um script [.filename]#rc.d# para um daemon chamado `mumbled`. Aqui está: +Dissemos anteriormente que o man:rc.subr[8] pode fornecer métodos padrões. Obviamente, tais padrões não podem ser muito gerais. Eles são adequados para o caso comum de iniciar e desligar um programa de daemon simples. Vamos supor agora que precisamos escrever um script [.filename]#rc.d# para um daemon chamado `mumbled`. Aqui está: [.programlisting] .... #!/bin/sh . /etc/rc.subr name=mumbled rcvar=mumbled_enable command="/usr/sbin/${name}" <.> load_rc_config $name run_rc_command "$1" .... Agradavelmente simples, não é? Vamos examinar nosso pequeno script. A única coisa nova a observar é o seguinte: -➊ A variável `command` é significativa para o man:rc.subr[8]. Se estiver definido, o man:rc.subr[8] agirá de acordo com o cenário de servir um daemon convencional. Em particular, os métodos padrão serão fornecidos para tais argumentos: `start`, `stop`, `restart`, `poll`, e `status`. +➊ A variável `command` é significativa para man:rc.subr[8]. Se ela estiver definida, man:rc.subr[8] agirá de acordo com o cenário de servir a um daemon convencional. Em particular, os métodos padrão serão fornecidos para esses argumentos: `start`, `stop`, `restart`, `poll` e `status`. -O daemon será iniciado executando `$command` com os sinalizadores de linha de comando especificados por `$mumbled_flags`. Assim, todos os dados de entrada para o método padrão `start` estão disponíveis nas variáveis configuradas pelo nosso script. Ao contrário do `start`, outros métodos podem requerer informações adicionais sobre o processo iniciado. Por exemplo, `stop` deve conhecer o PID do processo para terminá-lo. No presente caso, man:rc.subr[8]varrerá a lista de todos os processos, procurando por um processo com seu nome igual a `$procname`. Esta última é outra variável de significado para man:rc.subr[8], e seu valor é padronizado para `command`. Em outras palavras, quando definimos o `command`, `procname` é efetivamente definido para o mesmo valor. Isso permite que nosso script mate o daemon e verifique se ele está sendo executado em primeiro lugar. +O daemon será iniciado executando `$command` com as flags de linha de comando especificadas por `$mumbled_flags`. Assim, todos os dados de entrada para o método `start` padrão estão disponíveis nas variáveis definidas pelo nosso script. Ao contrário de `start`, outros métodos podem exigir informações adicionais sobre o processo iniciado. Por exemplo, `stop` deve saber o PID do processo para terminá-lo. No caso presente, man:rc.subr[8] irá pesquisar a lista de todos os processos, procurando por um processo com o nome igual a `procname`. Este último é outra variável com significado para man:rc.subr[8], e seu valor padrão é o de `command`. Em outras palavras, quando definimos `command`, `procname` é efetivamente definido para o mesmo valor. Isso permite que nosso script mate o daemon e verifique se ele está em execução. [NOTE] ==== -Alguns programas são, na verdade, scripts executáveis. O sistema executa esse script iniciando seu interpretador e passando o nome do script para ele como um argumento de linha de comando. Isso é refletido na lista de processos, que podem confundir o man:rc.subr[8]. Você também deve definir o `command_interpreter` para permitir que o man:rc.subr[8] saiba o nome real do processo se o `$command` é um script. +Algumas vezes, programas são de fato scripts executáveis. O sistema executa esse script iniciando o seu interpretador e passando o nome do script como um argumento na linha de comando. Isso é refletido na lista de processos, o que pode confundir man:rc.subr[8]. Você deve adicionalmente definir `command_interpreter` para que man:rc.subr[8] saiba o nome real do processo se `$command` for um script. -Para cada script [.filename]#rc.d#, existe uma variável man:rc.conf[] que tem precedência sobre `command`. Seu nome é construído da seguinte forma: `${name}_program`, onde `name` é a variável obrigatória que discutimos <>. Por exemplo, neste caso, será `mumbled_program`. É man:rc.subr[8] que organiza `${name}_program` para substituir o comando. +A cada script [.filename]#rc.d#, há uma variável opcional do man:rc.conf[5] que tem precedência sobre `command`. Seu nome é construído da seguinte forma: `${name}_program`, onde `name` é a variável obrigatória discutida anteriormente. Por exemplo, neste caso, será `mumbled_program`. É o man:rc.subr[8] que arruma `${name}_program` para substituir `command`. -Obviamente, o man:sh[1] permitirá que você defina `${name}_program` a partir do man:rc.conf[5] ou o próprio script, mesmo que o `command` esteja indefinido. Nesse caso, as propriedades especiais de `${name}_program` são perdidas e se tornam uma variável comum que seu script pode usar para seus próprios propósitos. No entanto, o uso exclusivo de `${name}_program` é desencorajado porque usá-lo junto com o `command` tornou-se um idioma na escrita de scripts [.filename]#rc.d#. +Claro que o man:sh[1] permite definir `${name}_program` a partir do man:rc.conf[5] ou do próprio script, mesmo se `command` não estiver definido. Nesse caso, as propriedades especiais de `${name}_program` são perdidas, e ela se torna uma variável comum que o script pode usar para seus próprios fins. No entanto, o uso exclusivo de `${name}_program` é desencorajado, pois usá-la em conjunto com `command` se tornou idiomático em [.filename]#rc.d# scripting. ==== -Para obter informações mais detalhadas sobre métodos padrões, consulte man:rc.subr[8]. +Para obter informações mais detalhadas sobre os métodos padrões, consulte man:rc.subr[8]. [[rcng-daemon-adv]] == Inicialização e desligamento de um daemon avançado Vamos adicionar um pouco de carne aos ossos do script anterior e torná-lo mais complexo e cheio de funcionalidades. Os métodos padrões podem fazer um bom trabalho para nós, mas podemos precisar ajustar alguns dos seus aspectos. Agora vamos aprender como ajustar os métodos padrões para as nossas necessidades. [.programlisting] .... #!/bin/sh . /etc/rc.subr name=mumbled rcvar=mumbled_enable command="/usr/sbin/${name}" command_args="mock arguments > /dev/null 2>&1" <.> pidfile="/var/run/${name}.pid" <.> -required_files="/etc/${name}.conf /usr/shared/misc/${name}.rules" <.> +required_files="/etc/${name}.conf /usr/share/misc/${name}.rules" <.> sig_reload="USR1" <.> start_precmd="${name}_prestart" <.> stop_postcmd="echo Bye-bye" <.> extra_commands="reload plugh xyzzy" <.> plugh_cmd="mumbled_plugh" <.> xyzzy_cmd="echo 'Nothing happens.'" mumbled_prestart() { if checkyesno mumbled_smart; then <.> rc_flags="-o smart ${rc_flags}" <.> fi case "$mumbled_mode" in foo) rc_flags="-frotz ${rc_flags}" ;; bar) rc_flags="-baz ${rc_flags}" ;; *) warn "Invalid value for mumbled_mode" <.> return 1 <.> ;; esac run_rc_command xyzzy <.> return 0 } mumbled_plugh() <.> { echo 'A hollow voice says "plugh".' } load_rc_config $name run_rc_command "$1" .... -➊ Argumentos adicionais para `$command` podem ser passados em `command_args`. Eles serão adicionados a linha de comando após `$mumbled_flags`. Como a linha de comando final é passada para `eval` para sua execução real, os redirecionamentos de entrada e saída podem ser especificados em `command_args`. +➊ Argumentos adicionais para `$command` podem ser passados em `command_args`. Eles serão adicionados à linha de comando após `$mumbled_flags`. Como a linha de comando final é passada para `eval` para sua execução real, redirecionamentos de entrada e saída podem ser especificados em `command_args`. [NOTE] ==== -_Nunca_ inclua opções tracejadas, como `-X` ou `--foo`, em `command_args`. O conteúdo de `command_args` aparecerá no final da linha de comando final, portanto é provável que eles sigam os argumentos presentes em `${name}_flags`; mas a maioria dos comandos não reconhecerá opções tracejadas após argumentos comuns. Uma maneira melhor de passar opções adicionais para `$command` é adicioná-las ao início de `${name}_flags`. Outra maneira é modificar `rc_flags` <>. +_Nunca_ inclua opções com hífen, como `-X` ou `--foo`, em `command_args`. O conteúdo de `command_args` aparecerá no final da linha de comando final, portanto, é provável que sigam argumentos presentes em `${name}_flags`; mas a maioria dos comandos não reconhecerá opções com hífen após argumentos comuns. Uma maneira melhor de passar opções adicionais para `$command` é adicioná-las no início de `${name}_flags`. Outra maneira é modificar `rc_flags` <>. ==== -➋ Um daemon de boas maneiras deve criar um _pidfile_ para que seu processo possa ser encontrado com mais facilidade e confiabilidade. A variável `pidfile`, se configurada, informa ao man:rc.subr[8] onde pode encontrar o pidfile para seus métodos padrão possam usar. +➋ Um daemon bem comportado deve criar um _pidfile_ para que seu processo possa ser encontrado de forma mais fácil e confiável. A variável `pidfile`, se definida, informa ao man:rc.subr[8] onde ele pode encontrar o pidfile para ser utilizado em seus métodos padrões. [NOTE] ==== -De fato, o man:rc.subr[8] também usará o pidfile para ver se o daemon já está em execução antes de iniciá-lo. Esta verificação pode ser ignorada usando o argumento `faststart`. +De fato, o man:rc.subr[8] também usa o pidfile para ver se o daemon já está em execução antes de iniciá-lo. Essa verificação pode ser ignorada usando o argumento `faststart`. ==== -➌ Se o daemon não puder ser executado a menos que existam certos arquivos, apenas liste-os em `required_files`, e man:rc.subr[8] irá verificar se esses arquivos existem antes de iniciar o daemon. Também existem `required_dirs` e `required_vars` para diretórios e variáveis de ambiente, respectivamente. Todos eles são descritos em detalhes em man:rc.subr[8]. +➌ Se o daemon não puder ser executado a menos que certos arquivos existam, basta listá-los em `required_files`, e o man:rc.subr[8] verificará se esses arquivos existem antes de iniciar o daemon. Existem também `required_dirs` e `required_vars` para diretórios e variáveis de ambiente, respectivamente. Todos eles são descritos em detalhes no man:rc.subr[8]. [NOTE] ==== -O método padrão de man:rc.subr[8] pode ser forçado a ignorar as verificações de pré-requisitos usando `forcestart` como o argumento para o script. +O método padrão do man:rc.subr[8] pode ser forçado a pular as verificações de pré-requisito usando `forcestart` como argumento para o script. ==== -➍ Podemos personalizar sinais para enviar para o daemon caso eles sejam diferentes dos mais conhecidos. Em particular, `sig_reload` especifica o sinal que faz o daemon recarregar sua configuração; é `SIGHUP` por padrão. Outro sinal é enviado para parar o processo do daemon; o padrão é `SIGTERM`, mas isso pode ser alterado definindo `sig_stop` apropriadamente. +➍ Podemos personalizar sinais a serem enviados ao daemon caso eles difiram dos sinais conhecidos. Em particular, `sig_reload` especifica o sinal que faz com que o daemon recarregue sua configuração; por padrão, é o SIGHUP. Outro sinal é enviado para interromper o processo do daemon; o padrão é o SIGTERM, mas isso pode ser alterado configurando `sig_stop` adequadamente. [NOTE] ==== -Os nomes dos sinais devem ser especificados para o man:rc.subr[8] sem o prefixo `SIG`, como é mostrado no exemplo. A versão do FreeBSD do man:kill[1] pode reconhecer o prefixo `SIG`, mas as versões de outros tipos de sistema operacional não. +As sinalizações devem ser especificadas para o man:rc.subr[8] sem o prefixo `SIG`, como é mostrado no exemplo. A versão do FreeBSD do man:kill[1] pode reconhecer o prefixo `SIG`, mas as versões de outros sistemas operacionais podem não reconhecer. ==== -➎➏ Realizar tarefas adicionais antes ou depois dos métodos padrão é fácil. Para cada argumento de comando suportado pelo nosso script, podemos definir o argumento `_precmd` e `_postcmd`. Esses comandos no man:sh[1] são invocados antes e depois do respectivo método, como é evidente em seus nomes. +➎➏ Realizar tarefas adicionais antes ou depois dos métodos padrões é fácil. Para cada argumento de comando suportado por nosso script, podemos definir `argument_precmd` e `argument_postcmd`. Esses comandos man:sh[1] são invocados antes e depois do respectivo método, como é evidente pelos seus nomes. [NOTE] ==== -Sobrescrever um método padrão com um `argumento _cmd` personalizado ainda não nos impede de fazer uso do `argumento _precmd` ou `argumento _postcmd` se precisarmos. Em particular, o primeiro é bom para verificar condições personalizadas e sofisticadas que devem ser atendidas antes de executar o comando em si. Usar o `argumento _precmd` junto com o `argumento _cmd` nos permite separar logicamente as verificações da ação. +Sobrescrever um método padrão com um `argument_cmd` personalizado ainda não nos impede de usar `argument_precmd` ou `argument_postcmd` se precisarmos. Em particular, o primeiro é bom para verificar condições personalizadas e sofisticadas que devem ser atendidas antes de executar o próprio comando. Usar `argument_precmd` juntamente com `argument_cmd` nos permite separar logicamente as verificações da ação. -Não se esqueça de que você pode amontoar qualquer expressão válida do man:sh[1] nos métodos, pré e pós-comandos definidos por você. Apenas invocar uma função que faz com que o trabalho real seja um bom estilo na maioria dos casos, mas nunca deixe o estilo limitar sua compreensão do que está acontecendo por trás da cortina. +Não se esqueça de que você pode colocar qualquer expressão válida do man:sh[1] nos métodos, pre e pós comandos que você define. Invocar uma função que realiza o trabalho real é um bom estilo na maioria dos casos, mas nunca deixe o estilo limitar sua compreensão do que está acontecendo nos bastidores. ==== -➐ Se quisermos implementar argumentos customizados, que também podem ser considerados como _comandos_ para o nosso script, precisamos listá-los em `extra_commands` e fornecer métodos para manipulá-los. +➐ Se quisermos implementar argumentos personalizados, que também podem ser considerados como _comandos_ para o nosso script, precisamos listá-los em `extra_commands` e fornecer métodos para lidar com eles. [NOTE] ==== -O comando `reload` é especial. Por um lado, tem um método predefinido em man:rc.subr[8]. Por outro lado, `reload` não é oferecido por padrão. A razão é que nem todos os daemons usam o mesmo mecanismo de recarga e alguns não têm nada para recarregar. Portanto, precisamos solicitar explicitamente que a funcionalidade incorporada seja fornecida. Podemos fazer isso via `extra_commands`. +O comando `reload` é especial. Por um lado, ele possui um método predefinido em man:rc.subr[8]. Por outro lado, `reload` não é oferecido por padrão. A razão é que nem todos os daemons usam o mesmo mecanismo de recarga e alguns não têm nada para recarregar. Portanto, precisamos pedir explicitamente que a funcionalidade integrada seja fornecida. Podemos fazer isso por meio de `extra_commands`. -O que obtemos do método padrão para `reload`? Muitas vezes, os daemons recarregam sua configuração na recepção de um sinal - normalmente, `SIGHUP`. Portanto, o man:rc.subr[8] tenta recarregar o daemon enviando um sinal para ele. O sinal é predefinido para `SIGHUP`, mas pode ser personalizado via `sig_reload`, caso necessário. +O que recebemos do método padrão para `reload`? Muitas vezes, os daemons recarregam sua configuração após receber um sinal - geralmente, SIGHUP. Portanto, o man:rc.subr[8] tenta recarregar o daemon enviando um sinal para ele. O sinal é pré-definido como SIGHUP, mas pode ser personalizado via `sig_reload`, se necessário. ==== -➑⓮ Nosso script suporta dois comandos não padrão, `plugh` e `xyzzy`. Nós os vimos listados em `extra_commands`, e agora é hora de fornecer métodos para eles. O método para `xyzzy` é apenas embutido, enquanto que para `plugh` é implementado como a função `mumbled_plugh`. +➑⓮ O nosso script suporta dois comandos não padrão, `plugh` e `xyzzy`. Nós os vimos listados em `extra_commands`, e agora é hora de fornecer métodos para eles. O método para `xyzzy` é apenas inserido em linha enquanto que para `plugh` é implementado como a função `mumbled_plugh`. -Comandos não padrão não são chamados durante a inicialização ou o desligamento. Geralmente eles são para a conveniência do administrador do sistema. Eles também podem ser usados de outros subsistemas, por exemplo, man:devd[8] se especificado em man:devd.conf[5]. +Comandos não padrão não são invocados durante a inicialização ou desligamento. Geralmente, eles são para a conveniência do administrador do sistema. Eles também podem ser usados em outros subsistemas, por exemplo, o man:devd[8] se especificados em man:devd.conf[5]. -A lista completa de comandos disponíveis pode ser encontrada na linha de uso impressa por man:rc.subr[8] quando o script é invocado sem argumentos. Por exemplo, aqui está a linha de uso do script em estudo: +A lista completa de comandos disponíveis pode ser encontrada na linha de uso impressa pelo man:rc.subr[8] quando o script é invocado sem argumentos. Por exemplo, aqui está a linha de uso do script em estudo: -[source,shell] +[source, shell] .... # /etc/rc.d/mumbled -Uso: /etc/rc.d/mumbled [fast|force|one](start|stop|restart|rcvar|reload|plugh|xyzzy|status|poll) +Usage: /etc/rc.d/mumbled [fast|force|one](start|stop|restart|rcvar|reload|plugh|xyzzy|status|poll) .... -⓭ Um script pode invocar seus próprios comandos padrão ou não padrão, se necessário. Isto pode parecer semelhante as funções de chamada, mas sabemos que comandos e funções de shell nem sempre são a mesma coisa. Por exemplo, `xyzzy` não é implementado como uma função aqui. Além disso, pode haver um pré-comando e um pós-comando, que devem ser chamados ordenadamente. Portanto, a maneira correta de um script executar seu próprio comando é por meio de man:rc.subr[8], conforme mostrado no exemplo. +⓭ Um script pode invocar seus próprios comandos padrão ou não-padrão, se necessário. Isso pode parecer semelhante a chamar funções, mas sabemos que comandos e funções do shell nem sempre são a mesma coisa. Por exemplo, `xyzzy` não é implementado como uma função aqui. Além disso, pode haver um pré-comando e um pós-comando, que devem ser invocados ordenadamente. Portanto, a maneira adequada para um script executar seu próprio comando é por meio do man:rc.subr[8], como mostrado no exemplo. -➒ Uma função útil chamada `checkyesno` é fornecida por man:rc.subr[8]. Ele usa um nome de variável como argumento e retorna um código de saída zero se, e somente se, a variável estiver configurada como `YES`, ou `TRUE`, ou `ON`, ou `1`, sem distinção entre maiúsculas e minúsculas; um código de saída diferente de zero é retornado de outra forma. No último caso, a função testa a variável como sendo definida como `NO`,`FALSE`,`OFF` ou `0` insensível a maiúsculas e minúsculas; imprime uma mensagem de aviso se a variável contiver qualquer outra coisa, ou seja, lixo. +➒ Uma função útil chamada `checkyesno` é fornecida pelo man:rc.subr[8]. Ela recebe um nome de variável como argumento e retorna um código de saída zero se e somente se a variável estiver definida como `YES`, ou `TRUE`, ou `ON`, ou `1`, insensível a maiúsculas e minúsculas; um código de saída não-zero é retornado caso contrário. Neste último caso, a função testa se a variável está definida como `NO`, `FALSE`, `OFF` ou `0`, insensível a maiúsculas e minúsculas; ela imprime uma mensagem de aviso se a variável contiver qualquer outra coisa, ou seja, lixo. -Tenha em mente que para o man:sh[1] um código de saída zero significa verdadeiro e um código de saída diferente de zero significa falso. +Tenha em mente que para o man:sh[1], um código de saída zero significa verdadeiro e um código de saída não-zero significa falso. [IMPORTANT] ==== -A função `checkyesno` recebe um __nome da variável__. Não passe o _valor_ expandido de uma variável para ele; não funcionará como esperado. +A função `checkyesno` recebe um __nome de variável__. Não passe o _valor expandido_ de uma variável para ela; isso não funcionará como esperado. -O uso correto de `checkyesno` é: +Aqui está o uso correto de `checkyesno`: [.programlisting] .... if checkyesno mumbled_enable; then foo fi .... -Pelo contrário, chamar `checkyesno` como mostrado abaixo não funcionará - pelo menos não como esperado: +Ao contrário, chamar `checkyesno` como mostrado abaixo não funcionará - pelo menos não como esperado: [.programlisting] .... if checkyesno "${mumbled_enable}"; then foo fi .... ==== -➓ [[rc-flags]] Podemos afetar os sinalizadores a serem passados para `$command` modificando `rc_flags` em `$start_precmd`. +➓ [[rc-flags]]Podemos afetar as flags que serão passadas para `$command` modificando `rc_flags` em `$start_precmd`. -⓫ Em certos casos, podemos precisar emitir uma mensagem importante que também deve ser enviada para o `syslog`. Isto pode ser feito facilmente com as seguintes funções man:rc.subr[8]: `debug`, `info`, `warn` e `err`. A última função, em seguida, sai do script com o código especificado. +⓫ Em certos casos, podemos precisar emitir uma mensagem importante que também deve ser registrada no `syslog`. Isso pode ser feito facilmente com as seguintes funções do man:rc.subr[8]: `debug`, `info`, `warn` e `err`. Esta última função finaliza o script com o código especificado. -⓬ Os códigos de saída dos métodos e seus pré-comandos não são apenas ignorados por padrão. Se o argumento `_precmd` retornar um código de saída diferente de zero, o método principal não será executado. Por sua vez, o `argumento_postcmd` não será invocado a menos que o método principal retorne um código de saída zero. +⓬ Os códigos de saída dos métodos e seus pre-comandos não são apenas ignorados por padrão. Se `argument_precmd` retornar um código de saída diferente de zero, o método principal não será executado. Por sua vez, `argument_postcmd` não será chamado, a menos que o método principal retorne um código de saída igual a zero. [NOTE] ==== -No entanto, o man:rc.subr[8] pode ser instruído a partir da linha de comando para ignorar esses códigos de saída e invocar todos os comandos, prefixando um argumento com `force`, como em `forcestart`. +Entretanto, é possível instruir o man:rc.subr[8] a ignorar esses códigos de saída e executar todos os comandos mesmo assim, adicionando um argumento com o prefixo `force`, como em `forcestart`. ==== [[rcng-hookup]] == Conectando um script ao framework rc.d -Depois que um script foi escrito, ele precisa ser integrado em [.filename]#rc.d>#. O passo crucial é instalar o script em [.filename]#/etc/rc.d# (para o sistema base) ou [.filename]#/usr/local/etc/rc.d# (para ports). Ambos [.filename]#bsd.prog.mk# e [.filename]#bsd.port.mk# fornecer ganchos convenientes para isso, e geralmente você não precisa se preocupar com a propriedade e o modo adequado. Os scripts do sistema devem ser instalados a partir do [.filename]#src /etc/rc.d# através do [.filename]#Makefile# encontrado lá. Os scripts de porta podem ser instalados usando `USE_RC_SUBR` conforme descrito em extref:{porters-handbook}[no Manual do Porter, rc-scripts]. +Depois que um script é escrito, ele precisa ser integrado ao [.filename]#rc.d#. O passo crucial é instalar o script em [.filename]#/etc/rc.d# (para o sistema base) ou [.filename]#/usr/local/etc/rc.d# (para o ports). Tanto o [.filename]#bsd.prog.mk# quanto o [.filename]#bsd.port.mk# fornecem ganchos convenientes para isso, e geralmente você não precisa se preocupar com a propriedade e o modo adequados. Os scripts do sistema devem ser instalados a partir de [.filename]#src/libexec/rc/rc.d# através do [.filename]#Makefile# encontrado lá. Scripts de ports podem ser instalados usando `USE_RC_SUBR` como descrito no extref:{porters-handbook}[Porter's Handbook, rc-scripts]. No entanto, devemos considerar antecipadamente o local do nosso script na sequência de inicialização do sistema. O serviço manipulado pelo nosso script provavelmente depende de outros serviços. Por exemplo, um daemon de rede não pode funcionar sem as interfaces de rede e o roteamento em funcionamento. Mesmo que um serviço pareça não exigir nada, dificilmente pode ser iniciado antes que os sistemas de arquivos básicos tenham sido verificados e montados. -Nós já mencionamos o man:rcorder[8]. Agora é hora de dar uma olhada de perto. Em poucas palavras, o man:rcorder[8] pega um conjunto de arquivos, examina seu conteúdo e imprime uma lista ordenada por dependência de arquivos do conjunto para `stdout`. O objetivo é manter as informações de dependência _dentro_ dos arquivos para que cada arquivo possa falar por si só. Um arquivo pode especificar as seguintes informações: +Nós já mencionamos o man:rcorder[8]. Agora é hora de dar uma olhada mais de perto nele. Em poucas palavras, o man:rcorder[8] pega um conjunto de arquivos, examina seus conteúdos e imprime uma lista ordenada por dependência dos arquivos do conjunto no `stdout`. O objetivo é manter as informações de dependência _dentro_ dos arquivos, de modo que cada arquivo possa falar apenas por si mesmo. Um arquivo pode especificar as seguintes informações: -* os nomes das "condições" (o que significa serviços para nós) que ele __fornece__; +* os nomes das "condições" (ou seja, serviços para nós) que ele __fornece__; * os nomes das "condições" que ele __requer__; -* os nomes das "condições" deste arquivo devem ser executados __antes__; -* _palavras-chave adicionais_ que podem ser usadas para selecionar um subconjunto de todo o conjunto de arquivos (man:rcorder[8] podem ser instruídos através de opções para incluir ou omitir os arquivos com determinadas palavras-chave listadas.) +* os nomes das "condições" que este arquivo deve ser executado __antes__; +* palavras-chave adicionais que podem ser usadas para selecionar um subconjunto do conjunto completo de arquivos (man:rcorder[8] pode ser instruído via opções para incluir ou omitir os arquivos que possuem determinadas palavras-chave listadas.) -Não é surpresa que man:rcorder[8] possa manipular apenas arquivos de texto com uma sintaxe próxima a de man:sh[1]. Ou seja, linhas especiais compreendidas por man:rcorder[8] se parecem com comentários man:sh[1]. A sintaxe de tais linhas especiais é bastante rígida para simplificar seu processamento. Veja man:rcorder[8] para detalhes. +Não é surpresa que o man:rcorder[8] possa lidar apenas com arquivos de texto com uma sintaxe próxima à do man:sh[1]. Ou seja, as linhas especiais entendidas pelo man:rcorder[8] se parecem com comentários do man:sh[1]. A sintaxe dessas linhas especiais é bastante rígida para simplificar seu processamento. Consulte man:rcorder[8] para obter detalhes. -Além de usar linhas especiais do man:rcorder[8], um script pode insistir em sua dependência de outro serviço apenas iniciando-o forçadamente. Isso pode ser necessário quando o outro serviço é opcional e não será iniciado automaticamente porque o administrador do sistema o desativou por engano no man:rc.conf[5]. +Além de usar as linhas especiais entendidas pelo man:rcorder[8], um script pode exigir sua dependência de outro serviço simplesmente iniciando-o forçadamente. Isso pode ser necessário quando o outro serviço é opcional e não iniciará por si só porque o administrador do sistema o desativou por engano em man:rc.conf[5]. Com este conhecimento geral em mente, vamos considerar o simples script daemon aprimorado com coisas de dependência: [.programlisting] .... #!/bin/sh # PROVIDE: mumbled oldmumble <.> # REQUIRE: DAEMON cleanvar frotz <.> # BEFORE: LOGIN <.> # KEYWORD: nojail shutdown <.> . /etc/rc.subr name=mumbled rcvar=mumbled_enable command="/usr/sbin/${name}" start_precmd="${name}_prestart" mumbled_prestart() { if ! checkyesno frotz_enable && \ ! /etc/rc.d/frotz forcestatus 1>/dev/null 2>&1; then force_depend frotz || return 1 <.> fi return 0 } load_rc_config $name run_rc_command "$1" .... Como antes, a análise detalhada segue: -➊ Esta linha declara os nomes das "condições" que nosso script fornece. Agora, outros scripts podem registrar uma dependência em nosso script por estes nomes. +➊ Essa linha declara os nomes das "condições" que nosso script fornece. Agora, outros scripts podem registrar uma dependência em nosso script por esses nomes. [NOTE] ==== Geralmente, um script especifica uma única condição fornecida. No entanto, nada nos impede de listar várias condições, por exemplo, por razões de compatibilidade. -Em qualquer caso, o nome da condição principal, ou a única, `PROVIDE:` deve ser o mesmo que `${name}`. +Em qualquer caso, o nome da condição principal, ou única, `PROVIDE:` deve ser o mesmo que `${name}`. ==== -➋➌ Portanto, nosso script indica quais condições "" são fornecidas por outros scripts dos quais depende. De acordo com as linhas, nosso script pede ao man:rcorder[8] para colocá-lo após o(s) script(s) fornecendo [.filename]#DAEMON# e [.filename]#cleanvar#, mas antes disso prover [.filename]#LOGIN#. +➋➌ Então, nosso script indica em quais "condições" fornecidas por outros scripts ele depende. De acordo com as linhas, nosso script pede para o man:rcorder[8] colocá-lo após o(s) script(s) fornecendo o [.filename]#DAEMON# e o [.filename]#cleanvar#, mas antes daquele que fornece [.filename]#LOGIN#. [NOTE] ==== -A linha `BEFORE:` não deve ser abusada para contornar uma lista de dependências incompleta no outro script. O caso apropriado para usar o `BEFORE:` é quando o outro script não se importa com o nosso, mas nosso script pode fazer sua tarefa melhor se for executado antes do outro. Um típico exemplo da vida real são as interfaces de rede versus o firewall: embora as interfaces não dependam do firewall em realizar seu trabalho, a segurança do sistema se beneficiará do firewall estar pronto antes que haja qualquer tráfego de rede. +A linha `BEFORE:` não deve ser usada para contornar uma lista de dependências incompleta em outro script. O caso apropriado para usar `BEFORE:` é quando o outro script não se importa com o nosso, mas nosso script pode executar sua tarefa melhor se for executado antes do outro. Um exemplo típico da vida real é a relação entre as interfaces de rede e o firewall: embora as interfaces não dependam do firewall para fazer o trabalho delas, a segurança do sistema se beneficiará se o firewall estiver pronto antes de haver qualquer tráfego de rede. -Além das condições correspondentes a um único serviço, existem meta-condições e seus scripts "placeholder" usados para garantir que determinados grupos de operações sejam executados antes dos outros. Estes são denotados pelos nomes [.filename]#UPPERCASE#. Sua lista e finalidades podem ser encontradas em man:rc[8]. +Além das condições correspondentes a um único serviço, existem meta-condições e seus scripts "placeholder" usados para garantir que certos grupos de operações sejam executados antes de outros. Estes são denotados por nomes em [.filename]#UPPERCASE#. Sua lista e propósitos podem ser encontrados no manual man:rc[8]. -Tenha em mente que colocar um nome de serviço na linha `REQUIRE:` não garante que o serviço estará realmente em execução no momento em que nosso script for iniciado. O serviço necessário pode falhar ao iniciar ou simplesmente ser desativado em man:rc.conf[5]. Obviamente, o man:rcorder[8] não pode controlar tais detalhes, e o man:rc[8] também não fará isso. Consequentemente, o aplicativo iniciado por nosso script deve ser capaz de lidar com quaisquer serviços necessários indisponíveis. Em certos casos, podemos ajudá-lo conforme discutido <> +Lembre-se de que colocar o nome de um serviço na linha `REQUIRE:` não garante que o serviço realmente estará em execução no momento em que o script começar. O serviço necessário pode falhar ao iniciar ou simplesmente ser desativado em man:rc.conf[5]. Obviamente, o man:rcorder[8] não pode controlar esses detalhes e o man:rc[8] também não fará isso. Consequentemente, a aplicação iniciada pelo nosso script deve ser capaz de lidar com qualquer serviço necessário que esteja indisponível. Em certos casos, podemos ajudá-lo conforme discutido <> ==== -➍ [[keywords]] Como lembramos do texto acima, as palavras-chave do man:rcorder[8] podem ser usadas para selecionar ou deixar alguns scripts. Ou seja, qualquer consumidor man:rcorder[8] pode especificar através das opções `-k` e `-s` que as palavras-chave estão na "keep list" e na "skip list", respectivamente. De todos os arquivos a serem classificados, o man:rcorder[8] selecionará apenas aqueles que tiverem uma palavra-chave da lista de manutenção (a menos que vazia) e não uma palavra-chave da lista de itens ignorados. +[[keywords]]➍ Como lembramos do texto acima, as palavras-chave do man:rcorder[8] podem ser usadas para selecionar ou deixar de fora alguns scripts. Qualquer consumidor do man:rcorder[8] pode especificar, através das opções `-k` e `-s`, quais palavras-chave estarão na "lista de manutenção" e na "lista de exclusão", respectivamente. De todos os arquivos a serem ordenados por dependência, man:rcorder[8] escolherá apenas aqueles que tiverem uma palavra-chave da lista de manutenção (a menos que esteja vazia) e que não tiverem uma palavra-chave da lista de exclusão. -No FreeBSD, o man:rcorder[8] é usado por [.filename]#/etc/rc# e [.filename]#/etc/rc.shutdown#. Esses dois scripts definem a lista padrão de palavras-chave do [.filename]#rc.d# do FreeBSD e seus significados da seguinte forma: +No FreeBSD, o man:rcorder[8] é usado por [.filename]#/etc/rc# e [.filename]#/etc/rc.shutdown#. Esses dois scripts definem a lista padrão de palavras-chaves do FreeBSD [.filename]#rc.d# e seus significados da seguinte forma: -➎ [[forcedep]] Para começar, `force_depend` deve ser usado com muito cuidado. Geralmente é melhor revisar a hierarquia de variáveis de configuração para seus scripts [.filename]#rc.# se eles forem interdependentes. +nojail:: O serviço não é para ambiente man:jail[8]. Os procedimentos automáticos de inicialização e desligamento ignorarão o script se estiver dentro de uma jail. -Se você ainda não pode fazer sem `force_depend`, o exemplo oferece uma expressão de como invocá-lo condicionalmente. No exemplo, nosso daemon `mumbled` requer que outro, `frotz`, seja iniciado antecipadamente. No entanto, `frotz` é opcional também; e man:rcorder[8] não sabe nada sobre esses detalhes. Felizmente, nosso script tem acesso a todas as variáveis man:rc.conf[5]. Se `frotz_enable` estiver como true, esperamos pelo melhor e dependemos de [.filename]#rc.d# para iniciar `frotz`. Caso contrário, nós forçadamente verificaremos o status de `frotz`. Finalmente, impomos nossa dependência ao `frotz` se ele não estiver sendo executado. Uma mensagem de aviso será emitida por `force_depend` porque ele deve ser chamado apenas se um erro de configuração for detectado. +nostart:: O serviço deve ser iniciado manualmente ou não iniciado de forma alguma. O procedimento de inicialização automático ignorará o script. Em conjunto com a palavra-chave [.filename]#shutdown#, isso pode ser usado para escrever scripts que fazem algo apenas no desligamento do sistema. + +shutdown:: Este palavra-chave deve ser listada de forma __explícita__ se o serviço precisa ser parado antes do desligamento do sistema. + +[NOTE] +==== +Quando o sistema está prestes a desligar, o arquivo [.filename]#/etc/rc.shutdown# é executado. Ele assume que a maioria dos scripts [.filename]#rc.d# não tem nada a fazer nesse momento. Portanto, o [.filename]#/etc/rc.shutdown# invoca seletivamente scripts [.filename]#rc.d# com a palavra-chave [.filename]#shutdown#, ignorando efetivamente o restante dos scripts. Para desligamento ainda mais rápido, o [.filename]#/etc/rc.shutdown# passa o comando [.filename]#faststop# para os scripts que executa para que eles pulem verificações preliminares, como a verificação do pidfile. Como os serviços dependentes devem ser interrompidos antes de suas dependências, o [.filename]#/etc/rc.shutdown# executa os scripts em ordem de dependência reversa. Se você está escrevendo um script [.filename]#rc.d# real, deve considerar se ele é relevante no momento do desligamento do sistema. Por exemplo, se o seu script faz seu trabalho apenas em resposta ao comando [.filename]#start#, então você não precisa incluir essa palavra-chave. No entanto, se o seu script gerencia um serviço, é provavelmente uma boa ideia pará-lo antes que o sistema prossiga para o estágio final de sua sequência de desligamento descrita em man:halt[8]. Em particular, um serviço deve ser interrompido explicitamente se precisar de tempo considerável ou ações especiais para ser desligado corretamente. Um exemplo típico desse tipo de serviço é um mecanismo de banco de dados. +==== + +[[forcedep]] ➎ Em primeiro lugar, `force_depend` deve ser usado com muito cuidado. Geralmente, é melhor revisar a hierarquia das variáveis de configuração para seus scripts [.filename]#rc.d# se eles são interdependentes. + +Se ainda assim você não puder abrir mão do `force_depend`, o exemplo oferece um exemplo de como invocá-lo condicionalmente. No exemplo, nosso daemon `mumbled` requer que outro daemon, `frotz`, seja iniciado antecipadamente. No entanto, `frotz` também é opcional; e o man:rcorder[8] não conhece esses detalhes. Felizmente, nosso script tem acesso a todas as variáveis de man:rc.conf[5]. Se `frotz_enable` for verdadeiro, esperamos o melhor e confiamos no [.filename]#rc.d# para ter iniciado `frotz`. Caso contrário, verificamos forçadamente o status de `frotz`. Finalmente, impomos nossa dependência em `frotz` se ele não estiver em execução. Uma mensagem de aviso será emitida por `force_depend`, pois ele só deve ser invocado se uma configuração incorreta for detectada. [[rcng-args]] == Dando mais flexibilidade a um script rc.d -Quando chamado durante a inicialização ou desligamento, um script [.filename]#rc.d# deve agir em todo o subsistema pelo qual é responsável. Por exemplo, [.filename]#/etc/rc.d/netif# deve iniciar ou parar todas as interfaces de rede descritas por man:rc.conf[5]. Qualquer tarefa pode ser indicada exclusivamente por um único argumento de comando, como `start` ou `stop`. Entre a inicialização e o desligamento, os scripts [.filename]#rc.d# ajudam o administrador a controlar o sistema em execução, e é quando surge a necessidade de mais flexibilidade e precisão. Por exemplo, o administrador pode querer adicionar as configurações de uma nova interface de rede ao man:rc.conf[5] e então iniciá-lo sem interferir o funcionamento das interfaces existentes. Da próxima vez, o administrador pode precisar desligar uma única interface de rede. No espírito da linha de comando, o respectivo script [.filename]#rc.d# solicita um argumento extra, o nome da interface. +Quando invocado durante a inicialização ou desligamento, um script [.filename]#rc.d# deve agir em todo o subsistema pelo qual é responsável. Por exemplo, o [.filename]#/etc/rc.d/netif# deve iniciar ou parar todas as interfaces de rede descritas em man:rc.conf[5]. Cada tarefa pode ser indicada por um único argumento de comando, como `start` ou `stop`. Entre a inicialização e o desligamento, os scripts [.filename]#rc.d# ajudam o administrador a controlar o sistema em execução e é quando surge a necessidade de mais flexibilidade e precisão. Por exemplo, o administrador pode querer adicionar as configurações de uma nova interface de rede em man:rc.conf[5] e, em seguida, iniciá-la sem interferir na operação das interfaces existentes. Na próxima vez, o administrador pode precisar desligar uma única interface de rede. Para facilitar o uso na linha de comando, o respectivo script [.filename]#rc.d# pede um argumento extra, o nome da interface. -Felizmente, man:rc.subr[8] permite passar qualquer número de argumentos para os métodos do script (dentro dos limites do sistema). Devido a isso, as alterações no próprio script podem ser mínimas. +Felizmente, o man:rc.subr[8] permite passar qualquer número de argumentos para os métodos do script (dentro dos limites do sistema). Devido a isso, as mudanças no próprio script podem ser mínimas. -Como o man:rc.subr[8] pode obter acesso aos argumentos de linha de comando extra. Deveria pegá-los diretamente? Não por qualquer meio. Primeiro, uma função man:sh[1] não tem acesso aos parâmetros posicionais de seu chamador, mas o man:rc.subr[8] é apenas uma despedida de tais funções. Em segundo lugar, a boa maneira de [.filename]#rc.d# determina que é para o script principal decidir quais argumentos devem ser passados para seus métodos. +Como o man:rc.subr[8] pode ter acesso aos argumentos adicionais da linha de comando? Ele deve simplesmente pegá-los diretamente? De maneira alguma! Em primeiro lugar, uma função do man:sh[1] não tem acesso aos parâmetros posicionais de quem a chamou, mas o man:rc.subr[8] é apenas um conjunto dessas funções. Em segundo lugar, a boa prática do [.filename]#rc.d# dita que é responsabilidade do script principal decidir quais argumentos devem ser passados para seus métodos. -Portanto, a abordagem adotada por man:rc.subr[8] é a seguinte: `run_rc_command` transmite todos os seus argumentos, mas o primeiro um para o respectivo método na íntegra. O primeiro, omitido, argumento é o nome do próprio método: `start`,`stop`, etc. Ele será deslocado por `run_rc_command`, então o que é `$2` na linha de comando original será apresentado como `$1` ao método, e assim por diante. +Portanto, a abordagem adotada pelo man:rc.subr[8] é a seguinte: `run_rc_command` passa todos os seus argumentos, exceto o primeiro, ao respectivo método sem alterações. O primeiro argumento omitido é o nome do método em si: `start`, `stop`, etc. Ele será removido por `run_rc_command`, então o que é `$2` na linha de comando original será apresentado como `$1` para o método, e assim por diante. Para ilustrar essa oportunidade, vamos modificar o script fictício primitivo para que suas mensagens dependam dos argumentos adicionais fornecidos. Aqui vamos nós: [.programlisting] .... #!/bin/sh . /etc/rc.subr name="dummy" start_cmd="${name}_start" stop_cmd=":" kiss_cmd="${name}_kiss" extra_commands="kiss" dummy_start() { if [ $# -gt 0 ]; then <.> echo "Greeting message: $*" else echo "Nothing started." fi } dummy_kiss() { echo -n "A ghost gives you a kiss" if [ $# -gt 0 ]; then <.> echo -n " and whispers: $*" fi case "$*" in *[.!?]) echo ;; *) echo . ;; esac } load_rc_config $name run_rc_command "$@" <.> .... Quais mudanças essenciais podemos notar no script? -➊ Todos os argumentos digitados após `start` podem terminar como parâmetros posicionais para o respectivo método. Podemos usá-los de qualquer maneira de acordo com nossa tarefa, habilidades e fantasia. No exemplo atual, apenas passamos todos eles para man:echo[1] como uma cadeia na linha seguinte - note `$*` entre aspas duplas. Aqui está como o script pode ser chamado agora: +➊ Todos os argumentos que você digita após `start` podem acabar como parâmetros posicionais para o respectivo método. Podemos usá-los de qualquer maneira de acordo com nossa tarefa, habilidades e gosto. No exemplo atual, simplesmente passamos todos eles para o man:echo[1] como uma única string na próxima linha - observe o `$*` dentro das aspas duplas. Aqui está como o script pode ser invocado agora: -[source,shell] +[source, shell] .... # /etc/rc.d/dummy start Nothing started. + # /etc/rc.d/dummy start Hello world! Greeting message: Hello world! .... -➋ O mesmo se aplica a qualquer método que nosso script forneça, não apenas a um método padrão. Nós adicionamos um método customizado chamado `kiss`, e ele pode tirar proveito dos argumentos extras da mesma forma que o `start` tira. Por exemplo: +➋ O mesmo se aplica a qualquer método que nosso script ofereça, não apenas a um padrão. Adicionamos um método personalizado chamado `kiss`, e ele pode tirar proveito dos argumentos extras da mesma forma que o `start` pode. Por exemplo: -[source,shell] +[source, shell] .... # /etc/rc.d/dummy kiss A ghost gives you a kiss. + # /etc/rc.d/dummy kiss Once I was Etaoin Shrdlu... A ghost gives you a kiss and whispers: Once I was Etaoin Shrdlu... .... -➌ Se quisermos apenas passar todos os argumentos extras para qualquer método, podemos simplesmente substituir `"$@"` por `"$ 1"` na última linha do nosso script, onde invocamos o `run_rc_command`. +➌ Se quisermos apenas passar todos os argumentos extras para qualquer método, podemos simplesmente substituir `"$1"` por `"$@"` na última linha do nosso script, onde invocamos `run_rc_command`. [IMPORTANT] ==== -Um programador man:sh[1] deve entender a diferença sutil entre `$*` e `$@` como as formas de designar todos os parâmetros posicionais. Para sua discussão aprofundada, consulte um bom manual sobre programação de scripts man:sh[1]. _Não_ use estas expressões até que você as compreenda completamente, porque o uso incorreto delas resultará em scripts inseguros e contendo bugs. +Um programador em man:sh[1] deve entender a diferença sutil entre `$*` e `$@` como formas de designar todos os parâmetros posicionais. Para uma discussão aprofundada, consulte um bom manual de man:sh[1]. Não use essas expressões até entender completamente o seu uso, pois o uso incorreto pode resultar em scripts com bugs e inseguros. ==== [NOTE] ==== -Atualmente, o `run_rc_command` pode ter um bug que o impede de manter os limites originais entre os argumentos. Ou seja, argumentos com espaços em branco incorporados podem não ser processados corretamente. O bug deriva do uso inadequado de `$*`. +Atualmente, o `run_rc_command` pode ter um bug que o impede de manter as fronteiras originais entre os argumentos. Ou seja, argumentos com espaços em branco embutidos podem não ser processados corretamente. O bug decorre do uso inadequado de `$*`. ==== [[rcng-furthur]] == Leitura adicional -[[lukem]]http://www.mewburn.net/luke/papers/rc.d.pdf[O artigo original de Luke Mewburn] oferece uma visão geral do [.filename]#rc.d# e o raciocínio detalhado que o levou a suas decisões de design. Ele fornece informações sobre toda o framework do [.filename]#rc.d# e o seu lugar em um moderno sistema operacional BSD. +[[lukem]]http://www.mewburn.net/luke/papers/rc.d.pdf[O artigo original de Luke Mewburn] oferece uma visão geral do [.filename]#rc.d# e uma justificativa detalhada para suas decisões de design. Ele fornece uma compreensão do quadro geral do [.filename]#rc.d# e seu lugar em um sistema operacional BSD moderno. -[[manpages]]As páginas de manual man:rc[8], man:rc.subr[8] e man:rcorder[8] documentam os componentes do [.filename]#rc.d# com grande detalhe. Você não pode usar totalmente o poder do [.filename]#rc.d# sem estudar as páginas de manual e se referir a elas enquanto escreve seus próprios scripts. +[[manpages]]As páginas do manual para man:rc[8], man:rc.subr[8] e man:rcorder[8] documentam em detalhes os componentes do sistema [.filename]#rc.d#. Você não pode aproveitar completamente o poder do [.filename]#rc.d# sem estudar as páginas do manual e consultá-las ao escrever seus próprios scripts. -A sua principal fonte de inspiração são os exemplos da vida real, existentes em no [.filename]#/etc/rc.d# de um sistema vivo. Seu conteúdo é fácil e agradável de ler, porque a maioria dos cantos ásperos estão escondidos fundo no man:rc.subr[8]. Tenha em mente que os scripts [.filename]#/etc/rc.d# não foram escritos por anjos, então eles podem sofrer de bugs e decisões sub-ótimas de design. Agora você pode melhorá-los! +A principal fonte de exemplos práticos e funcionais é o diretório [.filename]#/etc/rc.d# em um sistema em operação. O seu conteúdo é fácil e agradável de ler, pois a maioria das partes difíceis está escondida profundamente em man:rc.subr[8]. No entanto, tenha em mente que os scripts em [.filename]#/etc/rc.d# não foram escritos por anjos, então eles podem conter bugs e decisões de design subótimas. Agora você pode melhorá-los! diff --git a/documentation/content/pt-br/articles/rc-scripting/_index.po b/documentation/content/pt-br/articles/rc-scripting/_index.po new file mode 100644 index 0000000000..eaee8ffb75 --- /dev/null +++ b/documentation/content/pt-br/articles/rc-scripting/_index.po @@ -0,0 +1,2337 @@ +# SOME DESCRIPTIVE TITLE +# Copyright (C) YEAR The FreeBSD Project +# This file is distributed under the same license as the FreeBSD Documentation package. +# Danilo G. Baio , 2021, 2022. +# Edson Brandi , 2023. +# "Danilo G. Baio" , 2023. +msgid "" +msgstr "" +"Project-Id-Version: FreeBSD Documentation VERSION\n" +"POT-Creation-Date: 2022-07-07 23:23-0300\n" +"PO-Revision-Date: 2023-04-30 08:49+0000\n" +"Last-Translator: Edson Brandi \n" +"Language-Team: Portuguese (Brazil) \n" +"Language: pt_BR\n" +"MIME-Version: 1.0\n" +"Content-Type: text/plain; charset=UTF-8\n" +"Content-Transfer-Encoding: 8bit\n" +"Plural-Forms: nplurals=2; plural=n > 1;\n" +"X-Generator: Weblate 4.17\n" + +#. type: YAML Front Matter: description +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:1 +#, no-wrap +msgid "A guide to writing new rc.d scripts and understanding those already written" +msgstr "" +"Um guia para escrever novos scripts rc.d e entender aqueles que já existem" + +#. type: Title = +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:1 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:12 +#, no-wrap +msgid "Practical rc.d scripting in BSD" +msgstr "Scripting rc.d na prática no BSD" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:45 +msgid "Abstract" +msgstr "Resumo" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:49 +msgid "" +"Beginners may find it difficult to relate the facts from the formal " +"documentation on the BSD [.filename]#rc.d# framework with the practical " +"tasks of [.filename]#rc.d# scripting. In this article, we consider a few " +"typical cases of increasing complexity, show [.filename]#rc.d# features " +"suited for each case, and discuss how they work. Such an examination should " +"provide reference points for further study of the design and efficient " +"application of [.filename]#rc.d#." +msgstr "" +"Os iniciantes podem achar difícil relacionar os fatos da documentação formal " +"sobre o framework [.filename]#rc.d# do BSD com as tarefas práticas de " +"escrever scripts [.filename]#rc.d#. Neste artigo, consideramos alguns casos " +"típicos de crescente complexidade, mostramos recursos do [.filename]#rc.d# " +"adequados para cada caso e discutimos como eles funcionam. Essa análise deve " +"fornecer pontos de referência para estudos posteriores do design e aplicação " +"eficiente do [.filename]#rc.d#." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:51 +msgid "'''" +msgstr "'''" + +#. type: Title == +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:55 +#, no-wrap +msgid "Introduction" +msgstr "Introdução" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:61 +msgid "" +"The historical BSD had a monolithic startup script, [.filename]#/etc/rc#. " +"It was invoked by man:init[8] at system boot time and performed all userland " +"tasks required for multi-user operation: checking and mounting file systems, " +"setting up the network, starting daemons, and so on. The precise list of " +"tasks was not the same in every system; admins needed to customize it. With " +"few exceptions, [.filename]#/etc/rc# had to be modified, and true hackers " +"liked it." +msgstr "" +"No histórico BSD, havia um script de inicialização monolítico, [.filename]#/" +"etc/rc#. Ele era invocado pelo man:init[8] no momento da inicialização do " +"sistema e realizava todas as tarefas de usuário necessárias para a operação " +"multiusuário: verificação e montagem de sistemas de arquivos, configuração " +"da rede, inicialização de daemons e assim por diante. A lista precisa de " +"tarefas não era a mesma em todos os sistemas; os administradores precisavam " +"personalizá-la. Com poucas exceções, o [.filename]#/etc/rc# tinha que ser " +"modificado, e os verdadeiros hackers gostavam disso." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:67 +msgid "" +"The real problem with the monolithic approach was that it provided no " +"control over the individual components started from [.filename]#/etc/rc#. " +"For instance, [.filename]#/etc/rc# could not restart a single daemon. The " +"system admin had to find the daemon process by hand, kill it, wait until it " +"actually exited, then browse through [.filename]#/etc/rc# for the flags, and " +"finally type the full command line to start the daemon again. The task " +"would become even more difficult and prone to errors if the service to " +"restart consisted of more than one daemon or demanded additional actions. " +"In a few words, the single script failed to fulfil what scripts are for: to " +"make the system admin's life easier." +msgstr "" +"O problema real com a abordagem monolítica era que ela não fornecia controle " +"sobre os componentes individuais iniciados a partir do [.filename]#/etc/rc#. " +"Por exemplo, o [.filename]#/etc/rc# não podia reiniciar um único daemon. O " +"administrador do sistema tinha que encontrar o processo do daemon " +"manualmente, matá-lo, aguardar até que ele realmente finalizasse, navegar " +"por [.filename]#/etc/rc# em busca das flags e, finalmente, digitar a linha " +"de comando completa para iniciar o daemon novamente. A tarefa se tornaria " +"ainda mais difícil e propensa a erros se o serviço a ser reiniciado " +"consistisse em mais de um daemon ou exigisse ações adicionais. Em poucas " +"palavras, o script único falhou em cumprir o objetivo pelo qual um script é " +"criado: tornar a vida do administrador do sistema mais fácil." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:74 +msgid "" +"Later there was an attempt to split out some parts of [.filename]#/etc/rc# " +"for the sake of starting the most important subsystems separately. The " +"notorious example was [.filename]#/etc/netstart# to bring up networking. It " +"did allow for accessing the network from single-user mode, but it did not " +"integrate well into the automatic startup process because parts of its code " +"needed to interleave with actions essentially unrelated to networking. That " +"was why [.filename]#/etc/netstart# mutated into [.filename]#/etc/rc." +"network#. The latter was no longer an ordinary script; it comprised of " +"large, tangled man:sh[1] functions called from [.filename]#/etc/rc# at " +"different stages of system startup. However, as the startup tasks grew " +"diverse and sophisticated, the \"quasi-modular\" approach became even more " +"of a drag than the monolithic [.filename]#/etc/rc# had been." +msgstr "" +"Mais tarde, houve uma tentativa de dividir algumas partes do [.filename]#/" +"etc/rc# para iniciar os subsistemas mais importantes separadamente. O " +"exemplo notório foi o [.filename]#/etc/netstart# para iniciar a rede. Isso " +"permitiu o acesso à rede no modo de usuário único, mas não se integrou bem " +"ao processo de inicialização automática porque partes de seu código " +"precisavam intercalar com ações essencialmente não relacionadas à rede. Foi " +"por isso que o [.filename]#/etc/netstart# se transformou em [.filename]#/etc/" +"rc.network#. Este último não era mais um script comum; era composto de " +"grandes funções man:sh[1] complexas chamadas pelo [.filename]#/etc/rc# em " +"diferentes estágios da inicialização do sistema. No entanto, à medida que as " +"tarefas de inicialização ficaram mais diversas e sofisticadas, a abordagem " +"\"quase modular\" tornou-se ainda mais pesada do que o monolítico [." +"filename]#/etc/rc# tinha sido." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:82 +msgid "" +"Without a clean and well-designed framework, the startup scripts had to bend " +"over backwards to satisfy the needs of rapidly developing BSD-based " +"operating systems. It became obvious at last that more steps are necessary " +"on the way to a fine-grained and extensible [.filename]#rc# system. Thus " +"BSD [.filename]#rc.d# was born. Its acknowledged fathers were Luke Mewburn " +"and the NetBSD community. Later it was imported into FreeBSD. Its name " +"refers to the location of system scripts for individual services, which is " +"in [.filename]#/etc/rc.d#. Soon we will learn about more components of the " +"[.filename]#rc.d# system and see how the individual scripts are invoked." +msgstr "" +"Sem um framework limpo e bem projetado, os scripts de inicialização tiveram " +"que se dobrar para atender às necessidades dos sistemas operacionais " +"baseados em BSD que estavam em rápida evolução. Tornou-se evidente, " +"finalmente, que mais etapas eram necessárias para se chegar a um sistema [." +"filename]#rc# refinado, granular e extensível. Assim nasceu o [.filename]#rc." +"d# do BSD. Seus pais reconhecidos foram Luke Mewburn e a comunidade NetBSD. " +"Mais tarde, foi importado para o FreeBSD. Seu nome se refere ao local dos " +"scripts do sistema para serviços individuais, que está em [.filename]#/etc/rc" +".d#. Em breve, aprenderemos mais sobre os componentes do sistema [." +"filename]#rc.d# e veremos como os scripts individuais são invocados." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:93 +msgid "" +"The basic ideas behind BSD [.filename]#rc.d# are _fine modularity_ and " +"__code reuse__. _Fine modularity_ means that each basic \"service\" such as " +"a system daemon or primitive startup task gets its own man:sh[1] script able " +"to start the service, stop it, reload it, check its status. A particular " +"action is chosen by the command-line argument to the script. The [." +"filename]#/etc/rc# script still drives system startup, but now it merely " +"invokes the smaller scripts one by one with the `start` argument. It is " +"easy to perform shutdown tasks as well by running the same set of scripts " +"with the `stop` argument, which is done by [.filename]#/etc/rc.shutdown#. " +"Note how closely this follows the Unix way of having a set of small " +"specialized tools, each fulfilling its task as well as possible. _Code " +"reuse_ means that common operations are implemented as man:sh[1] functions " +"and collected in [.filename]#/etc/rc.subr#. Now a typical script can be " +"just a few lines' worth of man:sh[1] code. Finally, an important part of " +"the [.filename]#rc.d# framework is man:rcorder[8], which helps [.filename]#/" +"etc/rc# to run the small scripts orderly with respect to dependencies " +"between them. It can help [.filename]#/etc/rc.shutdown#, too, because the " +"proper order for the shutdown sequence is opposite to that of startup." +msgstr "" +"As ideias básicas por trás do [.filename]#rc.d# do BSD são _modularidade " +"fina_ e __reutilização de código__. _Modularidade fina_ significa que cada " +"\"serviço\" básico, como um daemon do sistema ou uma tarefa de inicialização " +"primitiva, possui seu próprio script man:sh[1] capaz de iniciar o serviço, " +"pará-lo, recarregá-lo e verificar seu status. Uma ação específica é " +"escolhida pelo argumento da linha de comando do script. O script [." +"filename]#/etc/rc# ainda conduz a inicialização do sistema, mas agora ele " +"apenas invoca os scripts menores um por um com o argumento `start`. Também é " +"fácil realizar tarefas de desligamento executando o mesmo conjunto de " +"scripts com o argumento `stop`, que é feito por [.filename]#/etc/rc.shutdown#" +". Observe como isso segue de perto a maneira Unix de ter um conjunto de " +"ferramentas especializadas pequenas, cada uma cumprindo sua tarefa da melhor " +"maneira possível. _Reutilização de código_ significa que operações comuns " +"são implementadas como funções man:sh[1] e coletadas em [.filename]#/etc/rc." +"subr#. Agora, um script típico pode ser composto apenas de algumas linhas de " +"código man:sh[1]. Finalmente, uma parte importante do framework [." +"filename]#rc.d# é o man:rcorder[8], que ajuda o [.filename]#/etc/rc# a " +"executar os pequenos scripts de maneira ordenada com respeito às " +"dependências entre eles. Isso também pode ajudar o [.filename]#/etc/rc." +"shutdown#, porque a ordem apropriada para a sequência de desligamento é " +"oposta à de inicialização." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:101 +msgid "" +"The BSD [.filename]#rc.d# design is described in <>, and the [.filename]#rc.d# components are " +"documented in great detail in <>. " +"However, it might not appear obvious to an [.filename]#rc.d# newbie how to " +"tie the numerous bits and pieces together in order to create a well-styled " +"script for a particular task. Therefore this article will try a different " +"approach to describe [.filename]#rc.d#. It will show which features should " +"be used in a number of typical cases, and why. Note that this is not a how-" +"to document because our aim is not at giving ready-made recipes, but at " +"showing a few easy entrances into the [.filename]#rc.d# realm. Neither is " +"this article a replacement for the relevant manual pages. Do not hesitate " +"to refer to them for more formal and complete documentation while reading " +"this article." +msgstr "" +"O design do BSD [.filename]#rc.d# é descrito no <>, e os componentes do [.filename]#rc.d# são documentados em " +"grande detalhe nas <>. No entanto, " +"pode não ser óbvio para um iniciante no [.filename]#rc.d# como ele deve unir " +"as numerosas partes para criar um script bem estruturado para uma tarefa " +"específica. Portanto, este artigo tentará abordar o [.filename]#rc.d# de " +"forma diferente. Mostrará quais recursos devem ser usados em vários casos " +"típicos e por que. Observe que este não é um documento de \"como fazer\", " +"porque nosso objetivo não é fornecer receitas prontas, mas mostrar algumas " +"entradas fáceis no mundo do [.filename]#rc.d#. Este artigo também não " +"substitui as páginas do manual relevantes. Não hesite em consultá-las para " +"obter documentação mais formal e completa enquanto lê este artigo." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:105 +msgid "" +"There are prerequisites to understanding this article. First of all, you " +"should be familiar with the man:sh[1] scripting language in order to master " +"[.filename]#rc.d#. In addition, you should know how the system performs " +"userland startup and shutdown tasks, which is described in man:rc[8]." +msgstr "" +"Existem pré-requisitos para entender este artigo. Em primeiro lugar, você " +"deve estar familiarizado com a linguagem de script man:sh[1] para dominar o [" +".filename]#rc.d#. Além disso, você deve saber como o sistema realiza tarefas " +"de inicialização e desligamento do espaço do usuário, o que é descrito em " +"man:rc[8]." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:108 +msgid "" +"This article focuses on the FreeBSD branch of [.filename]#rc.d#. " +"Nevertheless, it may be useful to NetBSD developers, too, because the two " +"branches of BSD [.filename]#rc.d# not only share the same design but also " +"stay similar in their aspects visible to script authors." +msgstr "" +"Este artigo foca no ramo do FreeBSD do [.filename]#rc.d#. No entanto, ele " +"pode ser útil também para desenvolvedores do NetBSD, pois os dois ramos do [." +"filename]#rc.d# não apenas compartilham o mesmo design, mas também " +"permanecem similares em seus aspectos visíveis aos autores de scripts." + +#. type: Title == +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:110 +#, no-wrap +msgid "Outlining the task" +msgstr "Esboçando a tarefa" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:114 +msgid "" +"A little consideration before starting `$EDITOR` will not hurt. In order to " +"write a well-tempered [.filename]#rc.d# script for a system service, we " +"should be able to answer the following questions first:" +msgstr "" +"Uma pequena reflexão antes de iniciar o `$EDITOR` não fará mal. Para " +"escrever um script [.filename]#rc.d# bem elaborado para um serviço do " +"sistema, devemos ser capazes de responder às seguintes perguntas primeiro:" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:116 +msgid "Is the service mandatory or optional?" +msgstr "O serviço é obrigatório ou opcional?" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:117 +msgid "" +"Will the script serve a single program, e.g., a daemon, or perform more " +"complex actions?" +msgstr "" +"O script servirá um único programa, por exemplo, um daemon, ou realizará " +"ações mais complexas?" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:118 +msgid "Which other services will our service depend on, and vice versa?" +msgstr "De quais outros serviços nosso serviço dependerá e vice-versa?" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:120 +msgid "" +"From the examples that follow we will see why it is important to know the " +"answers to these questions." +msgstr "" +"A partir dos exemplos que se seguem, veremos o porque é importante conhecer " +"as respostas a essas perguntas." + +#. type: Title == +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:122 +#, no-wrap +msgid "A dummy script" +msgstr "Um script fictício" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:125 +msgid "" +"The following script just emits a message each time the system boots up:" +msgstr "" +"O script a seguir apenas emite uma mensagem toda vez que o sistema é " +"inicializado:" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:129 +#, no-wrap +msgid "#!/bin/sh <.>\n" +msgstr "#!/bin/sh <.>\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:131 +#, no-wrap +msgid ". /etc/rc.subr <.>\n" +msgstr ". /etc/rc.subr <.>\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:135 +#, no-wrap +msgid "" +"name=\"dummy\" <.>\n" +"start_cmd=\"${name}_start\" <.>\n" +"stop_cmd=\":\" <.>\n" +msgstr "" +"name=\"dummy\" <.>\n" +"start_cmd=\"${name}_start\" <.>\n" +"stop_cmd=\":\" <.>\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:140 +#, no-wrap +msgid "" +"dummy_start() <.>\n" +"{\n" +"\techo \"Nothing started.\"\n" +"}\n" +msgstr "" +"dummy_start() <.>\n" +"{\n" +"\techo \"Nothing started.\"\n" +"}\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:143 +#, no-wrap +msgid "" +"load_rc_config $name <.>\n" +"run_rc_command \"$1\" <.>\n" +msgstr "" +"load_rc_config $name <.>\n" +"run_rc_command \"$1\" <.>\n" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:146 +msgid "Things to note are:" +msgstr "Os pontos a serem observados são:" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:152 +msgid "" +"➊ An interpreted script should begin with the magic \"shebang\" " +"line. That line specifies the interpreter program for the script. Due to " +"the shebang line, the script can be invoked exactly like a binary program " +"provided that it has the execute bit set. (See man:chmod[1].) For example, " +"a system admin can run our script manually, from the command line:" +msgstr "" +"➊ Um script interpretado deve começar com a linha mágica \"shebang\". " +"Essa linha especifica o programa interpretador para o script. Devido à linha " +"shebang, o script pode ser invocado exatamente como um programa binário, " +"desde que tenha o bit de execução definido. (Veja man:chmod[1].) Por " +"exemplo, um administrador do sistema pode executar nosso script manualmente, " +"a partir da linha de comando:" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:156 +#, no-wrap +msgid "# /etc/rc.d/dummy start\n" +msgstr "# /etc/rc.d/dummy start\n" + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:162 +msgid "" +"In order to be properly managed by the [.filename]#rc.d# framework, its " +"scripts need to be written in the man:sh[1] language. If you have a service " +"or port that uses a binary control utility or a startup routine written in " +"another language, install that element in [.filename]#/usr/sbin# (for the " +"system) or [.filename]#/usr/local/sbin# (for ports) and call it from a man:" +"sh[1] script in the appropriate [.filename]#rc.d# directory." +msgstr "" +"Para ser gerenciado corretamente pelo framework [.filename]#rc.d#, os " +"scripts devem ser escritos na linguagem man:sh[1]. Se você tiver um serviço " +"ou port que usa um utilitário de controle binário ou uma rotina de " +"inicialização escrita em outra linguagem, instale esse elemento em [." +"filename]#/usr/sbin# (para o sistema) ou [.filename]#/usr/local/sbin# (para " +"ports) e chame-o a partir de um script man:sh[1] no diretório [.filename]#rc." +"d# apropriado." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:167 +msgid "" +"If you would like to learn the details of why [.filename]#rc.d# scripts must " +"be written in the man:sh[1] language, see how [.filename]#/etc/rc# invokes " +"them by means of `run_rc_script`, then study the implementation of " +"`run_rc_script` in [.filename]#/etc/rc.subr#." +msgstr "" +"Se você gostaria de aprender os detalhes de por que os scripts [.filename]#rc" +".d# devem ser escritos na linguagem man:sh[1], veja como o [.filename]#/etc/" +"rc# os invoca por meio de `run_rc_script` e, em seguida, estude a " +"implementação de `run_rc_script` em [.filename]#/etc/rc.subr#." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:173 +msgid "" +"➋ In [.filename]#/etc/rc.subr#, a number of man:sh[1] functions are " +"defined for an [.filename]#rc.d# script to use. The functions are " +"documented in man:rc.subr[8]. While it is theoretically possible to write " +"an [.filename]#rc.d# script without ever using man:rc.subr[8], its functions " +"prove extremely handy and make the job an order of magnitude easier. So it " +"is no surprise that everybody resorts to man:rc.subr[8] in [.filename]#rc.d# " +"scripts. We are not going to be an exception." +msgstr "" +"➋ Em [.filename]#/etc/rc.subr#, uma série de funções man:sh[1] estão " +"definidas para serem utilizadas por um script [.filename]#rc.d#. As funções " +"estão documentadas em man:rc.subr[8]. Embora seja teoricamente possível " +"escrever um script [.filename]#rc.d# sem nunca usar o man:rc.subr[8], suas " +"funções provam ser extremamente úteis e tornam o trabalho uma ordem de " +"magnitude mais fácil. Portanto, não é surpresa que todo mundo recorra ao " +"man:rc.subr[8] em scripts [.filename]#rc.d#. Não seremos uma exceção." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:176 +msgid "" +"An [.filename]#rc.d# script must \"source\"[.filename]#/etc/rc.subr# " +"(include it using \"`.`\") _before_ it calls man:rc.subr[8] functions so " +"that man:sh[1] has an opportunity to learn the functions. The preferred " +"style is to source [.filename]#/etc/rc.subr# first of all." +msgstr "" +"Um script [.filename]#rc.d# deve fazer o \"source\" do [.filename]#/etc/rc." +"subr# (inclua-o usando \"`.`\") _antes_ de chamar as funções man:rc.subr[8] " +"para que o man:sh[1] tenha a oportunidade de aprender as funções. O estilo " +"preferido é incluir o [.filename]#/etc/rc.subr# antes de tudo." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:180 +msgid "" +"Some useful functions related to networking are provided by another include " +"file, [.filename]#/etc/network.subr#." +msgstr "" +"Algumas funções úteis relacionadas à rede são fornecidas por outro arquivo " +"de inclusão, o [.filename]#/etc/network.subr#." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:185 +msgid "" +"➌ [[name-var]]The mandatory variable `name` specifies the name of our " +"script. It is required by man:rc.subr[8]. That is, each [.filename]#rc.d# " +"script _must_ set `name` before it calls man:rc.subr[8] functions." +msgstr "" +"➌ A variável obrigatória `name` especifica o nome do nosso script. " +"Ela é exigida pelo man:rc.subr[8]. Isso significa que cada script [." +"filename]#rc.d# _deve_ definir `name` antes de chamar funções do man:rc." +"subr[8]." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:189 +msgid "" +"Now it is the right time to choose a unique name for our script once and for " +"all. We will use it in a number of places while developing the script. For " +"a start, let us give the same name to the script file, too." +msgstr "" +"Agora é o momento certo para escolher um nome exclusivo para o nosso script " +"de uma vez por todas. Vamos usá-lo em vários lugares enquanto desenvolvemos " +"o script. Para começar, também vamos dar o mesmo nome ao arquivo de script." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:196 +msgid "" +"The current style of [.filename]#rc.d# scripting is to enclose values " +"assigned to variables in double quotes. Keep in mind that it is just a " +"style issue that may not always be applicable. You can safely omit quotes " +"from around simple words without man:sh[1] metacharacters in them, while in " +"certain cases you will need single quotes to prevent any interpretation of " +"the value by man:sh[1]. A programmer should be able to tell the language " +"syntax from style conventions and use both of them wisely." +msgstr "" +"O estilo atual de escrita de scripts [.filename]#rc.d# é envolver os valores " +"atribuídos às variáveis em aspas duplas. Tenha em mente que isso é apenas " +"uma questão de estilo que nem sempre é aplicável. Você pode seguramente " +"omitir as aspas ao redor de palavras simples sem metacaracteres man:sh[1], " +"enquanto em certos casos você precisará de aspas simples para evitar " +"qualquer interpretação do valor por man:sh[1]. Um programador deve ser capaz " +"de distinguir a sintaxe da linguagem das convenções de estilo e usá-las " +"sabiamente." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:202 +msgid "" +"➍ The main idea behind man:rc.subr[8] is that an [.filename]#rc.d# " +"script provides handlers, or methods, for man:rc.subr[8] to invoke. In " +"particular, `start`, `stop`, and other arguments to an [.filename]#rc.d# " +"script are handled this way. A method is a man:sh[1] expression stored in a " +"variable named `argument_cmd`, where _argument_ corresponds to what can be " +"specified on the script's command line. We will see later how man:rc." +"subr[8] provides default methods for the standard arguments." +msgstr "" +"➍ Cada script [.filename]#rc.d# fornece manipuladores, ou métodos, " +"para o man:rc.subr[8] invocar. Em particular, `start`, `stop`, e outros " +"argumentos para um script [.filename]#rc.d# são manipulados desta forma. Um " +"método é uma expressão man:sh[1] armazenada em uma variável chamada " +"`argument_cmd`, onde _argument_ corresponde ao que pode ser especificado na " +"linha de comando do script. Veremos mais tarde como o man:rc.subr[8] fornece " +"métodos padrão para os argumentos padrão." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:207 +msgid "" +"To make the code in [.filename]#rc.d# more uniform, it is common to use `" +"${name}` wherever appropriate. Thus a number of lines can be just copied " +"from one script to another." +msgstr "" +"Para tornar o código em [.filename]#rc.d# mais uniforme, é comum usar " +"`${name}` sempre que apropriado. Assim, várias linhas podem ser simplesmente " +"copiadas de um script para outro." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:211 +msgid "" +"➎ We should keep in mind that man:rc.subr[8] provides default methods " +"for the standard arguments. Consequently, we must override a standard " +"method with a no-op man:sh[1] expression if we want it to do nothing." +msgstr "" +"➎ Devemos ter em mente que o man:rc.subr[8] fornece métodos padrões " +"para os argumentos padrões. Consequentemente, devemos substituir um método " +"padrão por uma expressão man:sh[1] sem efeito se quisermos que ele não faça " +"nada." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:214 +msgid "" +"➏ The body of a sophisticated method can be implemented as a " +"function. It is a good idea to make the function name meaningful." +msgstr "" +"➏ O corpo de um método sofisticado pode ser implementado como uma " +"função. É uma boa ideia dar um nome significativo à função." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:218 +msgid "" +"It is strongly recommended to add the prefix `${name}` to the names of all " +"functions defined in our script so they never clash with the functions from " +"man:rc.subr[8] or another common include file." +msgstr "" +"Recomenda-se fortemente adicionar o prefixo `${name}` aos nomes de todas as " +"funções definidas no nosso script para que nunca entrem em conflito com as " +"funções de man:rc.subr[8] ou outro arquivo de inclusão comum." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:222 +msgid "" +"➐ This call to man:rc.subr[8] loads man:rc.conf[5] variables. Our " +"script makes no use of them yet, but it still is recommended to load man:rc." +"conf[5] because there can be man:rc.conf[5] variables controlling man:rc." +"subr[8] itself." +msgstr "" +"➐ Essa chamada para o man:rc.subr[8] carrega as variáveis do man:rc." +"conf[5]. Nosso script ainda não as usa, mas ainda é recomendável carregar o " +"man:rc.conf[5] porque pode haver variáveis do man:rc.conf[5] controlando o " +"man:rc.subr[8] em si." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:225 +msgid "" +"➑ Usually this is the last command in an [.filename]#rc.d# script. " +"It invokes the man:rc.subr[8] machinery to perform the requested action " +"using the variables and methods our script has provided." +msgstr "" +"➑ Geralmente, esse é o último comando em um script [.filename]#rc.d#. " +"Ele invoca a maquinaria do man:rc.subr[8] para realizar a ação solicitada " +"usando as variáveis e métodos que o nosso script forneceu." + +#. type: Title == +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:227 +#, no-wrap +msgid "A configurable dummy script" +msgstr "Um script fictício configurável" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:237 +msgid "" +"Now let us add some controls to our dummy script. As you may know, [." +"filename]#rc.d# scripts are controlled with man:rc.conf[5]. Fortunately, " +"man:rc.subr[8] hides all the complications from us. The following script " +"uses man:rc.conf[5] via man:rc.subr[8] to see whether it is enabled in the " +"first place, and to fetch a message to show at boot time. These two tasks " +"in fact are independent. On the one hand, an [.filename]#rc.d# script can " +"just support enabling and disabling its service. On the other hand, a " +"mandatory [.filename]#rc.d# script can have configuration variables. We " +"will do both things in the same script though:" +msgstr "" +"Agora vamos adicionar alguns controles ao nosso script fictício. Como você " +"deve saber, scripts [.filename]#rc.d# são controlados com o man:rc.conf[5]. " +"Felizmente, o man:rc.subr[8] oculta todas as complicações para nós. O script " +"a seguir usa o man:rc.conf[5] por meio do man:rc.subr[8] para verificar se " +"está habilitado em primeiro lugar e para buscar uma mensagem para ser " +"exibida na inicialização. Essas duas tarefas, na verdade, são independentes. " +"Por um lado, um script [.filename]#rc.d# pode apenas suportar a habilitação " +"e desabilitação do seu serviço. Por outro lado, um script [.filename]#rc.d# " +"obrigatório pode ter variáveis de configuração. No entanto, faremos as duas " +"coisas no mesmo script:" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:241 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:332 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:389 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:621 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:752 +#, no-wrap +msgid "#!/bin/sh\n" +msgstr "#!/bin/sh\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:243 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:334 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:391 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:628 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:754 +#, no-wrap +msgid ". /etc/rc.subr\n" +msgstr ". /etc/rc.subr\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:246 +#, no-wrap +msgid "" +"name=dummy\n" +"rcvar=dummy_enable <.>\n" +msgstr "" +"name=dummy\n" +"rcvar=dummy_enable <.>\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:249 +#, no-wrap +msgid "" +"start_cmd=\"${name}_start\"\n" +"stop_cmd=\":\"\n" +msgstr "" +"start_cmd=\"${name}_start\"\n" +"stop_cmd=\":\"\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:253 +#, no-wrap +msgid "" +"load_rc_config $name <.>\n" +": ${dummy_enable:=no} <.>\n" +": ${dummy_msg=\"Nothing started.\"} <.>\n" +msgstr "" +"load_rc_config $name <.>\n" +": ${dummy_enable:=no} <.>\n" +": ${dummy_msg=\"Nothing started.\"} <.>\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:258 +#, no-wrap +msgid "" +"dummy_start()\n" +"{\n" +"\techo \"$dummy_msg\" <.>\n" +"}\n" +msgstr "" +"dummy_start()\n" +"{\n" +"\techo \"$dummy_msg\" <.>\n" +"}\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:260 +#, no-wrap +msgid "run_rc_command \"$1\"\n" +msgstr "run_rc_command \"$1\"\n" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:263 +msgid "What changed in this example?" +msgstr "O que mudou neste exemplo?" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:265 +msgid "" +"➊ The variable `rcvar` specifies the name of the ON/OFF knob variable." +msgstr "" +"➊ A variável `rcvar` especifica o nome da variável do botão LIGA/" +"DESLIGA." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:267 +msgid "" +"➋ Now `load_rc_config` is invoked earlier in the script, before any " +"man:rc.conf[5] variables are accessed." +msgstr "" +"➋ Agora, o `load_rc_config` é invocado mais cedo no script, antes que " +"quaisquer variáveis do man:rc.conf[5] sejam acessadas." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:273 +msgid "" +"While examining [.filename]#rc.d# scripts, keep in mind that man:sh[1] " +"defers the evaluation of expressions in a function until the latter is " +"called. Therefore it is not an error to invoke `load_rc_config` as late as " +"just before `run_rc_command` and still access man:rc.conf[5] variables from " +"the method functions exported to `run_rc_command`. This is because the " +"method functions are to be called by `run_rc_command`, which is invoked " +"_after_ `load_rc_config`." +msgstr "" +"Enquanto examina os scripts [.filename]#rc.d#, tenha em mente que o man:sh[1]" +" adia a avaliação de expressões em uma função até que esta seja chamada. " +"Portanto, não é um erro invocar `load_rc_config` tão tarde quanto logo antes " +"de `run_rc_command` e ainda assim acessar as variáveis man:rc.conf[5] das " +"funções de método exportadas para `run_rc_command`. Isso ocorre porque as " +"funções de método devem ser chamadas por `run_rc_command`, que é invocado " +"_após_ `load_rc_config`." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:279 +msgid "" +"➌ A warning will be emitted by `run_rc_command` if `rcvar` itself is " +"set, but the indicated knob variable is unset. If your [.filename]#rc.d# " +"script is for the base system, you should add a default setting for the knob " +"to [.filename]#/etc/defaults/rc.conf# and document it in man:rc.conf[5]. " +"Otherwise it is your script that should provide a default setting for the " +"knob. The canonical approach to the latter case is shown in the example." +msgstr "" +"➌ Aviso será emitido pelo `run_rc_command` se o `rcvar` em si estiver " +"configurado, mas a variável de controle indicada estiver desativada. Se o " +"seu script [.filename]#rc.d# é para o sistema base, você deve adicionar uma " +"configuração padrão para o knob em [.filename]#/etc/defaults/rc.conf# e " +"documentá-lo em man:rc.conf[5]. Caso contrário, é seu script que deve " +"fornecer uma configuração padrão para o knob. A abordagem canônica para o " +"último caso é mostrada no exemplo." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:286 +msgid "" +"You can make man:rc.subr[8] act as though the knob is set to `ON`, " +"irrespective of its current setting, by prefixing the argument to the script " +"with `one` or `force`, as in `onestart` or `forcestop`. Keep in mind though " +"that `force` has other dangerous effects we will touch upon below, while " +"`one` just overrides the ON/OFF knob. E.g., assume that `dummy_enable` is " +"`OFF`. The following command will run the `start` method in spite of the " +"setting:" +msgstr "" +"Você pode fazer o man:rc.subr[8] agir como se o botão estivesse definido " +"como `ON`, independentemente de sua configuração atual, prefixando o " +"argumento do script com `one` ou `force`, como em `onestart` ou `forcestop`. " +"No entanto, tenha em mente que `force` tem outros efeitos perigosos que " +"abordaremos abaixo, enquanto `one` apenas substitui o botão ON/OFF. Por " +"exemplo, suponha que `dummy_enable` esteja definido como `OFF`. O seguinte " +"comando executará o método `start` apesar da configuração:" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:290 +#, no-wrap +msgid "# /etc/rc.d/dummy onestart\n" +msgstr "# /etc/rc.d/dummy onestart\n" + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:297 +msgid "" +"➍ Now the message to be shown at boot time is no longer hard-coded in " +"the script. It is specified by an man:rc.conf[5] variable named " +"`dummy_msg`. This is a trivial example of how man:rc.conf[5] variables can " +"control an [.filename]#rc.d# script." +msgstr "" +"➍ Agora a mensagem a ser exibida na inicialização não é mais " +"codificada no script. É especificada por uma variável man:rc.conf[5] chamada " +"`dummy_msg`. Este é um exemplo trivial de como as variáveis man:rc.conf[5] " +"podem controlar um script [.filename]#rc.d#." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:302 +msgid "" +"The names of all man:rc.conf[5] variables used exclusively by our script " +"_must_ have the same prefix: `${name}_`. For example: `dummy_mode`, " +"`dummy_state_file`, and so on." +msgstr "" +"Os nomes de todas as variáveis man:rc.conf[5] usadas exclusivamente pelo " +"nosso script _devem_ ter o mesmo prefixo: `${name}_`. Por exemplo: " +"`dummy_mode`, `dummy_state_file`, e assim por diante." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:307 +msgid "" +"While it is possible to use a shorter name internally, e.g., just `msg`, " +"adding the unique prefix `${name}_` to all global names introduced by our " +"script will save us from possible collisions with the man:rc.subr[8] " +"namespace." +msgstr "" +"Embora seja possível usar um nome mais curto internamente, por exemplo, " +"apenas `msg`, adicionar o prefixo único `${name}_` a todos os nomes globais " +"introduzidos pelo nosso script nos salvará de possíveis colisões com o " +"namespace do man:rc.subr[8]." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:310 +msgid "" +"As a rule, [.filename]#rc.d# scripts of the base system need not provide " +"defaults for their man:rc.conf[5] variables because the defaults should be " +"set in [.filename]#/etc/defaults/rc.conf# instead. On the other hand, [." +"filename]#rc.d# scripts for ports should provide the defaults as shown in " +"the example." +msgstr "" +"Como regra geral, os scripts [.filename]#rc.d# do sistema base não precisam " +"fornecer valores padrão para suas variáveis man:rc.conf[5], pois os valores " +"padrão devem ser definidos em [.filename]#/etc/defaults/rc.conf#. Por outro " +"lado, os scripts [.filename]#rc.d# para ports devem fornecer os valores " +"padrão conforme mostrado no exemplo." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:314 +msgid "" +"➎ Here we use `dummy_msg` to actually control our script, i.e., to " +"emit a variable message. Use of a shell function is overkill here, since it " +"only runs a single command; an equally valid alternative is:" +msgstr "" +"➎ Aqui usamos `dummy_msg` para controlar nosso script, ou seja, para " +"emitir uma mensagem variável. O uso de uma função shell é excessivo aqui, " +"uma vez que ela executa apenas um único comando; uma alternativa igualmente " +"válida é:" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:318 +#, no-wrap +msgid "start_cmd=\"echo \\\"$dummy_msg\\\"\"\n" +msgstr "start_cmd=\"echo \\\"$dummy_msg\\\"\"\n" + +#. type: Title == +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:321 +#, no-wrap +msgid "Startup and shutdown of a simple daemon" +msgstr "Inicialização e desligamento de um daemon simples" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:328 +msgid "" +"We said earlier that man:rc.subr[8] could provide default methods. " +"Obviously, such defaults cannot be too general. They are suited for the " +"common case of starting and shutting down a simple daemon program. Let us " +"assume now that we need to write an [.filename]#rc.d# script for such a " +"daemon called `mumbled`. Here it is:" +msgstr "" +"Dissemos anteriormente que o man:rc.subr[8] pode fornecer métodos padrões. " +"Obviamente, tais padrões não podem ser muito gerais. Eles são adequados para " +"o caso comum de iniciar e desligar um programa de daemon simples. Vamos " +"supor agora que precisamos escrever um script [.filename]#rc.d# para um " +"daemon chamado `mumbled`. Aqui está:" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:337 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:394 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:631 +#, no-wrap +msgid "" +"name=mumbled\n" +"rcvar=mumbled_enable\n" +msgstr "" +"name=mumbled\n" +"rcvar=mumbled_enable\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:339 +#, no-wrap +msgid "command=\"/usr/sbin/${name}\" <.>\n" +msgstr "command=\"/usr/sbin/${name}\" <.>\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:342 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:440 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:646 +#, no-wrap +msgid "" +"load_rc_config $name\n" +"run_rc_command \"$1\"\n" +msgstr "" +"load_rc_config $name\n" +"run_rc_command \"$1\"\n" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:346 +msgid "" +"Pleasingly simple, isn't it? Let us examine our little script. The only new " +"thing to note is as follows:" +msgstr "" +"Agradavelmente simples, não é? Vamos examinar nosso pequeno script. A única " +"coisa nova a observar é o seguinte:" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:350 +msgid "" +"➊ The `command` variable is meaningful to man:rc.subr[8]. If it is " +"set, man:rc.subr[8] will act according to the scenario of serving a " +"conventional daemon. In particular, the default methods will be provided " +"for such arguments: `start`, `stop`, `restart`, `poll`, and `status`." +msgstr "" +"➊ A variável `command` é significativa para man:rc.subr[8]. Se ela " +"estiver definida, man:rc.subr[8] agirá de acordo com o cenário de servir a " +"um daemon convencional. Em particular, os métodos padrão serão fornecidos " +"para esses argumentos: `start`, `stop`, `restart`, `poll` e `status`." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:359 +msgid "" +"The daemon will be started by running `$command` with command-line flags " +"specified by `$mumbled_flags`. Thus all the input data for the default " +"`start` method are available in the variables set by our script. Unlike " +"`start`, other methods may require additional information about the process " +"started. For instance, `stop` must know the PID of the process to terminate " +"it. In the present case, man:rc.subr[8] will scan through the list of all " +"processes, looking for a process with its name equal to `procname`. The " +"latter is another variable of meaning to man:rc.subr[8], and its value " +"defaults to that of `command`. In other words, when we set `command`, " +"`procname` is effectively set to the same value. This enables our script to " +"kill the daemon and to check if it is running in the first place." +msgstr "" +"O daemon será iniciado executando `$command` com as flags de linha de " +"comando especificadas por `$mumbled_flags`. Assim, todos os dados de entrada " +"para o método `start` padrão estão disponíveis nas variáveis definidas pelo " +"nosso script. Ao contrário de `start`, outros métodos podem exigir " +"informações adicionais sobre o processo iniciado. Por exemplo, `stop` deve " +"saber o PID do processo para terminá-lo. No caso presente, man:rc.subr[8] " +"irá pesquisar a lista de todos os processos, procurando por um processo com " +"o nome igual a `procname`. Este último é outra variável com significado para " +"man:rc.subr[8], e seu valor padrão é o de `command`. Em outras palavras, " +"quando definimos `command`, `procname` é efetivamente definido para o mesmo " +"valor. Isso permite que nosso script mate o daemon e verifique se ele está " +"em execução." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:366 +msgid "" +"Some programs are in fact executable scripts. The system runs such a script " +"by starting its interpreter and passing the name of the script to it as a " +"command-line argument. This is reflected in the list of processes, which " +"can confuse man:rc.subr[8]. You should additionally set " +"`command_interpreter` to let man:rc.subr[8] know the actual name of the " +"process if `$command` is a script." +msgstr "" +"Algumas vezes, programas são de fato scripts executáveis. O sistema executa " +"esse script iniciando o seu interpretador e passando o nome do script como " +"um argumento na linha de comando. Isso é refletido na lista de processos, o " +"que pode confundir man:rc.subr[8]. Você deve adicionalmente definir " +"`command_interpreter` para que man:rc.subr[8] saiba o nome real do processo " +"se `$command` for um script." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:371 +msgid "" +"For each [.filename]#rc.d# script, there is an optional man:rc.conf[5] " +"variable that takes precedence over `command`. Its name is constructed as " +"follows: `${name}_program`, where `name` is the mandatory variable we " +"discussed <>. E.g., in this case it will be " +"`mumbled_program`. It is man:rc.subr[8] that arranges `${name}_program` to " +"override `command`." +msgstr "" +"A cada script [.filename]#rc.d#, há uma variável opcional do man:rc.conf[5] " +"que tem precedência sobre `command`. Seu nome é construído da seguinte forma:" +" `${name}_program`, onde `name` é a variável obrigatória discutida " +"anteriormente. Por exemplo, neste caso, será `mumbled_program`. É o man:rc." +"subr[8] que arruma `${name}_program` para substituir `command`." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:375 +msgid "" +"Of course, man:sh[1] will permit you to set `${name}_program` from man:rc." +"conf[5] or the script itself even if `command` is unset. In that case, the " +"special properties of `${name}_program` are lost, and it becomes an ordinary " +"variable your script can use for its own purposes. However, the sole use of " +"`${name}_program` is discouraged because using it together with `command` " +"became an idiom of [.filename]#rc.d# scripting." +msgstr "" +"Claro que o man:sh[1] permite definir `${name}_program` a partir do man:rc." +"conf[5] ou do próprio script, mesmo se `command` não estiver definido. Nesse " +"caso, as propriedades especiais de `${name}_program` são perdidas, e ela se " +"torna uma variável comum que o script pode usar para seus próprios fins. No " +"entanto, o uso exclusivo de `${name}_program` é desencorajado, pois usá-la " +"em conjunto com `command` se tornou idiomático em [.filename]#rc.d# " +"scripting." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:378 +msgid "" +"For more detailed information on default methods, refer to man:rc.subr[8]." +msgstr "" +"Para obter informações mais detalhadas sobre os métodos padrões, consulte " +"man:rc.subr[8]." + +#. type: Title == +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:380 +#, no-wrap +msgid "Startup and shutdown of an advanced daemon" +msgstr "Inicialização e desligamento de um daemon avançado" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:385 +msgid "" +"Let us add some meat onto the bones of the previous script and make it more " +"complex and featureful. The default methods can do a good job for us, but " +"we may need some of their aspects tweaked. Now we will learn how to tune " +"the default methods to our needs." +msgstr "" +"Vamos adicionar um pouco de carne aos ossos do script anterior e torná-lo " +"mais complexo e cheio de funcionalidades. Os métodos padrões podem fazer um " +"bom trabalho para nós, mas podemos precisar ajustar alguns dos seus " +"aspectos. Agora vamos aprender como ajustar os métodos padrões para as " +"nossas necessidades." + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:397 +#, no-wrap +msgid "" +"command=\"/usr/sbin/${name}\"\n" +"command_args=\"mock arguments > /dev/null 2>&1\" <.>\n" +msgstr "" +"command=\"/usr/sbin/${name}\"\n" +"command_args=\"mock arguments > /dev/null 2>&1\" <.>\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:399 +#, no-wrap +msgid "pidfile=\"/var/run/${name}.pid\" <.>\n" +msgstr "pidfile=\"/var/run/${name}.pid\" <.>\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:401 +#, no-wrap +msgid "required_files=\"/etc/${name}.conf /usr/share/misc/${name}.rules\" <.>\n" +msgstr "" +"required_files=\"/etc/${name}.conf /usr/share/misc/${name}.rules\" <.>\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:403 +#, no-wrap +msgid "sig_reload=\"USR1\" <.>\n" +msgstr "sig_reload=\"USR1\" <.>\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:406 +#, no-wrap +msgid "" +"start_precmd=\"${name}_prestart\" <.>\n" +"stop_postcmd=\"echo Bye-bye\" <.>\n" +msgstr "" +"start_precmd=\"${name}_prestart\" <.>\n" +"stop_postcmd=\"echo Bye-bye\" <.>\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:408 +#, no-wrap +msgid "extra_commands=\"reload plugh xyzzy\" <.>\n" +msgstr "extra_commands=\"reload plugh xyzzy\" <.>\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:411 +#, no-wrap +msgid "" +"plugh_cmd=\"mumbled_plugh\" <.>\n" +"xyzzy_cmd=\"echo 'Nothing happens.'\"\n" +msgstr "" +"plugh_cmd=\"mumbled_plugh\" <.>\n" +"xyzzy_cmd=\"echo 'Nothing happens.'\"\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:432 +#, no-wrap +msgid "" +"mumbled_prestart()\n" +"{\n" +"\tif checkyesno mumbled_smart; then <.>\n" +"\t\trc_flags=\"-o smart ${rc_flags}\" <.>\n" +"\tfi\n" +"\tcase \"$mumbled_mode\" in\n" +"\tfoo)\n" +"\t\trc_flags=\"-frotz ${rc_flags}\"\n" +"\t\t;;\n" +"\tbar)\n" +"\t\trc_flags=\"-baz ${rc_flags}\"\n" +"\t\t;;\n" +"\t*)\n" +"\t\twarn \"Invalid value for mumbled_mode\" <.>\n" +"\t\treturn 1 <.>\n" +"\t\t;;\n" +"\tesac\n" +"\trun_rc_command xyzzy <.>\n" +"\treturn 0\n" +"}\n" +msgstr "" +"mumbled_prestart()\n" +"{\n" +"\tif checkyesno mumbled_smart; then <.>\n" +"\t\trc_flags=\"-o smart ${rc_flags}\" <.>\n" +"\tfi\n" +"\tcase \"$mumbled_mode\" in\n" +"\tfoo)\n" +"\t\trc_flags=\"-frotz ${rc_flags}\"\n" +"\t\t;;\n" +"\tbar)\n" +"\t\trc_flags=\"-baz ${rc_flags}\"\n" +"\t\t;;\n" +"\t*)\n" +"\t\twarn \"Invalid value for mumbled_mode\" <.>\n" +"\t\treturn 1 <.>\n" +"\t\t;;\n" +"\tesac\n" +"\trun_rc_command xyzzy <.>\n" +"\treturn 0\n" +"}\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:437 +#, no-wrap +msgid "" +"mumbled_plugh() <.>\n" +"{\n" +"\techo 'A hollow voice says \"plugh\".'\n" +"}\n" +msgstr "" +"mumbled_plugh() <.>\n" +"{\n" +"\techo 'A hollow voice says \"plugh\".'\n" +"}\n" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:445 +msgid "" +"➊ Additional arguments to `$command` can be passed in " +"`command_args`. They will be added to the command line after `" +"$mumbled_flags`. Since the final command line is passed to `eval` for its " +"actual execution, input and output redirections can be specified in " +"`command_args`." +msgstr "" +"➊ Argumentos adicionais para `$command` podem ser passados em " +"`command_args`. Eles serão adicionados à linha de comando após " +"`$mumbled_flags`. Como a linha de comando final é passada para `eval` para " +"sua execução real, redirecionamentos de entrada e saída podem ser " +"especificados em `command_args`." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:452 +msgid "" +"_Never_ include dashed options, like `-X` or `--foo`, in `command_args`. " +"The contents of `command_args` will appear at the end of the final command " +"line, hence they are likely to follow arguments present in `${name}_flags`; " +"but most commands will not recognize dashed options after ordinary " +"arguments. A better way of passing additional options to `$command` is to " +"add them to the beginning of `${name}_flags`. Another way is to modify " +"`rc_flags` <>." +msgstr "" +"_Nunca_ inclua opções com hífen, como `-X` ou `--foo`, em `command_args`. O " +"conteúdo de `command_args` aparecerá no final da linha de comando final, " +"portanto, é provável que sigam argumentos presentes em `${name}_flags`; mas " +"a maioria dos comandos não reconhecerá opções com hífen após argumentos " +"comuns. Uma maneira melhor de passar opções adicionais para `$command` é " +"adicioná-las no início de `${name}_flags`. Outra maneira é modificar " +"`rc_flags` <>." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:456 +msgid "" +"➋ A good-mannered daemon should create a _pidfile_ so that its " +"process can be found more easily and reliably. The variable `pidfile`, if " +"set, tells man:rc.subr[8] where it can find the pidfile for its default " +"methods to use." +msgstr "" +"➋ Um daemon bem comportado deve criar um _pidfile_ para que seu " +"processo possa ser encontrado de forma mais fácil e confiável. A variável " +"`pidfile`, se definida, informa ao man:rc.subr[8] onde ele pode encontrar o " +"pidfile para ser utilizado em seus métodos padrões." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:461 +msgid "" +"In fact, man:rc.subr[8] will also use the pidfile to see if the daemon is " +"already running before starting it. This check can be skipped by using the " +"`faststart` argument." +msgstr "" +"De fato, o man:rc.subr[8] também usa o pidfile para ver se o daemon já está " +"em execução antes de iniciá-lo. Essa verificação pode ser ignorada usando o " +"argumento `faststart`." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:466 +msgid "" +"➌ If the daemon cannot run unless certain files exist, just list them " +"in `required_files`, and man:rc.subr[8] will check that those files do exist " +"before starting the daemon. There also are `required_dirs` and " +"`required_vars` for directories and environment variables, respectively. " +"They all are described in detail in man:rc.subr[8]." +msgstr "" +"➌ Se o daemon não puder ser executado a menos que certos arquivos " +"existam, basta listá-los em `required_files`, e o man:rc.subr[8] verificará " +"se esses arquivos existem antes de iniciar o daemon. Existem também " +"`required_dirs` e `required_vars` para diretórios e variáveis de ambiente, " +"respectivamente. Todos eles são descritos em detalhes no man:rc.subr[8]." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:470 +msgid "" +"The default method from man:rc.subr[8] can be forced to skip the " +"prerequisite checks by using `forcestart` as the argument to the script." +msgstr "" +"O método padrão do man:rc.subr[8] pode ser forçado a pular as verificações " +"de pré-requisito usando `forcestart` como argumento para o script." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:476 +msgid "" +"➍ We can customize signals to send to the daemon in case they differ " +"from the well-known ones. In particular, `sig_reload` specifies the signal " +"that makes the daemon reload its configuration; it is SIGHUP by default. " +"Another signal is sent to stop the daemon process; the default is SIGTERM, " +"but this can be changed by setting `sig_stop` appropriately." +msgstr "" +"➍ Podemos personalizar sinais a serem enviados ao daemon caso eles " +"difiram dos sinais conhecidos. Em particular, `sig_reload` especifica o " +"sinal que faz com que o daemon recarregue sua configuração; por padrão, é o " +"SIGHUP. Outro sinal é enviado para interromper o processo do daemon; o " +"padrão é o SIGTERM, mas isso pode ser alterado configurando `sig_stop` " +"adequadamente." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:481 +msgid "" +"The signal names should be specified to man:rc.subr[8] without the `SIG` " +"prefix, as it is shown in the example. The FreeBSD version of man:kill[1] " +"can recognize the `SIG` prefix, but the versions from other OS types may not." +msgstr "" +"As sinalizações devem ser especificadas para o man:rc.subr[8] sem o prefixo " +"`SIG`, como é mostrado no exemplo. A versão do FreeBSD do man:kill[1] pode " +"reconhecer o prefixo `SIG`, mas as versões de outros sistemas operacionais " +"podem não reconhecer." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:486 +msgid "" +"➎➏ Performing additional tasks before or after the default " +"methods is easy. For each command-argument supported by our script, we can " +"define `argument_precmd` and `argument_postcmd`. These man:sh[1] commands " +"are invoked before and after the respective method, as it is evident from " +"their names." +msgstr "" +"➎➏ Realizar tarefas adicionais antes ou depois dos métodos " +"padrões é fácil. Para cada argumento de comando suportado por nosso script, " +"podemos definir `argument_precmd` e `argument_postcmd`. Esses comandos " +"man:sh[1] são invocados antes e depois do respectivo método, como é evidente " +"pelos seus nomes." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:492 +msgid "" +"Overriding a default method with a custom `argument_cmd` still does not " +"prevent us from making use of `argument_precmd` or `argument_postcmd` if we " +"need to. In particular, the former is good for checking custom, " +"sophisticated conditions that should be met before performing the command " +"itself. Using `argument_precmd` along with `argument_cmd` lets us logically " +"separate the checks from the action." +msgstr "" +"Sobrescrever um método padrão com um `argument_cmd` personalizado ainda não " +"nos impede de usar `argument_precmd` ou `argument_postcmd` se precisarmos. " +"Em particular, o primeiro é bom para verificar condições personalizadas e " +"sofisticadas que devem ser atendidas antes de executar o próprio comando. " +"Usar `argument_precmd` juntamente com `argument_cmd` nos permite separar " +"logicamente as verificações da ação." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:495 +msgid "" +"Do not forget that you can cram any valid man:sh[1] expressions into the " +"methods, pre-, and post-commands you define. Just invoking a function that " +"makes the real job is a good style in most cases, but never let style limit " +"your understanding of what is going on behind the curtain." +msgstr "" +"Não se esqueça de que você pode colocar qualquer expressão válida do " +"man:sh[1] nos métodos, pre e pós comandos que você define. Invocar uma " +"função que realiza o trabalho real é um bom estilo na maioria dos casos, mas " +"nunca deixe o estilo limitar sua compreensão do que está acontecendo nos " +"bastidores." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:498 +msgid "" +"➐ If we would like to implement custom arguments, which can also be " +"thought of as _commands_ to our script, we need to list them in " +"`extra_commands` and provide methods to handle them." +msgstr "" +"➐ Se quisermos implementar argumentos personalizados, que também " +"podem ser considerados como _comandos_ para o nosso script, precisamos listá-" +"los em `extra_commands` e fornecer métodos para lidar com eles." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:506 +msgid "" +"The `reload` command is special. On the one hand, it has a preset method in " +"man:rc.subr[8]. On the other hand, `reload` is not offered by default. The " +"reason is that not all daemons use the same reload mechanism and some have " +"nothing to reload at all. So we need to ask explicitly that the builtin " +"functionality be provided. We can do so via `extra_commands`." +msgstr "" +"O comando `reload` é especial. Por um lado, ele possui um método predefinido " +"em man:rc.subr[8]. Por outro lado, `reload` não é oferecido por padrão. A " +"razão é que nem todos os daemons usam o mesmo mecanismo de recarga e alguns " +"não têm nada para recarregar. Portanto, precisamos pedir explicitamente que " +"a funcionalidade integrada seja fornecida. Podemos fazer isso por meio de " +"`extra_commands`." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:510 +msgid "" +"What do we get from the default method for `reload`? Quite often daemons " +"reload their configuration upon reception of a signal - typically, SIGHUP. " +"Therefore man:rc.subr[8] attempts to reload the daemon by sending a signal " +"to it. The signal is preset to SIGHUP but can be customized via " +"`sig_reload` if necessary." +msgstr "" +"O que recebemos do método padrão para `reload`? Muitas vezes, os daemons " +"recarregam sua configuração após receber um sinal - geralmente, SIGHUP. " +"Portanto, o man:rc.subr[8] tenta recarregar o daemon enviando um sinal para " +"ele. O sinal é pré-definido como SIGHUP, mas pode ser personalizado via " +"`sig_reload`, se necessário." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:515 +msgid "" +"➑⓮ Our script supports two non-standard commands, `plugh` and " +"`xyzzy`. We saw them listed in `extra_commands`, and now it is time to " +"provide methods for them. The method for `xyzzy` is just inlined while that " +"for `plugh` is implemented as the `mumbled_plugh` function." +msgstr "" +"➑⓮ O nosso script suporta dois comandos não padrão, `plugh` e " +"`xyzzy`. Nós os vimos listados em `extra_commands`, e agora é hora de " +"fornecer métodos para eles. O método para `xyzzy` é apenas inserido em linha " +"enquanto que para `plugh` é implementado como a função `mumbled_plugh`." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:519 +msgid "" +"Non-standard commands are not invoked during startup or shutdown. Usually " +"they are for the system admin's convenience. They can also be used from " +"other subsystems, e.g., man:devd[8] if specified in man:devd.conf[5]." +msgstr "" +"Comandos não padrão não são invocados durante a inicialização ou " +"desligamento. Geralmente, eles são para a conveniência do administrador do " +"sistema. Eles também podem ser usados em outros subsistemas, por exemplo, o " +"man:devd[8] se especificados em man:devd.conf[5]." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:522 +msgid "" +"The full list of available commands can be found in the usage line printed " +"by man:rc.subr[8] when the script is invoked without arguments. For " +"example, here is the usage line from the script under study:" +msgstr "" +"A lista completa de comandos disponíveis pode ser encontrada na linha de uso " +"impressa pelo man:rc.subr[8] quando o script é invocado sem argumentos. Por " +"exemplo, aqui está a linha de uso do script em estudo:" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:527 +#, no-wrap +msgid "" +"# /etc/rc.d/mumbled\n" +"Usage: /etc/rc.d/mumbled [fast|force|one](start|stop|restart|rcvar|reload|plugh|xyzzy|status|poll)\n" +msgstr "" +"# /etc/rc.d/mumbled\n" +"Usage: /etc/rc.d/mumbled " +"[fast|force|one](start|stop|restart|rcvar|reload|plugh|xyzzy|status|poll)\n" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:534 +msgid "" +"⓭ A script can invoke its own standard or non-standard commands if " +"needed. This may look similar to calling functions, but we know that " +"commands and shell functions are not always the same thing. For instance, " +"`xyzzy` is not implemented as a function here. In addition, there can be a " +"pre-command and post-command, which should be invoked orderly. So the " +"proper way for a script to run its own command is by means of man:rc." +"subr[8], as shown in the example." +msgstr "" +"⓭ Um script pode invocar seus próprios comandos padrão ou não-padrão, " +"se necessário. Isso pode parecer semelhante a chamar funções, mas sabemos " +"que comandos e funções do shell nem sempre são a mesma coisa. Por exemplo, " +"`xyzzy` não é implementado como uma função aqui. Além disso, pode haver um " +"pré-comando e um pós-comando, que devem ser invocados ordenadamente. " +"Portanto, a maneira adequada para um script executar seu próprio comando é " +"por meio do man:rc.subr[8], como mostrado no exemplo." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:540 +msgid "" +"➒ A handy function named `checkyesno` is provided by man:rc.subr[8]. " +"It takes a variable name as its argument and returns a zero exit code if and " +"only if the variable is set to `YES`, or `TRUE`, or `ON`, or `1`, case " +"insensitive; a non-zero exit code is returned otherwise. In the latter " +"case, the function tests the variable for being set to `NO`, `FALSE`, `OFF`, " +"or `0`, case insensitive; it prints a warning message if the variable " +"contains anything else, i.e., junk." +msgstr "" +"➒ Uma função útil chamada `checkyesno` é fornecida pelo man:rc.subr[8]" +". Ela recebe um nome de variável como argumento e retorna um código de saída " +"zero se e somente se a variável estiver definida como `YES`, ou `TRUE`, ou " +"`ON`, ou `1`, insensível a maiúsculas e minúsculas; um código de saída não-" +"zero é retornado caso contrário. Neste último caso, a função testa se a " +"variável está definida como `NO`, `FALSE`, `OFF` ou `0`, insensível a " +"maiúsculas e minúsculas; ela imprime uma mensagem de aviso se a variável " +"contiver qualquer outra coisa, ou seja, lixo." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:542 +msgid "" +"Keep in mind that for man:sh[1] a zero exit code means true and a non-zero " +"exit code means false." +msgstr "" +"Tenha em mente que para o man:sh[1], um código de saída zero significa " +"verdadeiro e um código de saída não-zero significa falso." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:547 +msgid "" +"The `checkyesno` function takes a __variable name__. Do not pass the " +"expanded _value_ of a variable to it; it will not work as expected." +msgstr "" +"A função `checkyesno` recebe um __nome de variável__. Não passe o _valor " +"expandido_ de uma variável para ela; isso não funcionará como esperado." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:549 +msgid "The following is the correct usage of `checkyesno`:" +msgstr "Aqui está o uso correto de `checkyesno`:" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:555 +#, no-wrap +msgid "" +"if checkyesno mumbled_enable; then\n" +" foo\n" +"fi\n" +msgstr "" +"if checkyesno mumbled_enable; then\n" +" foo\n" +"fi\n" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:558 +msgid "" +"On the contrary, calling `checkyesno` as shown below will not work - at " +"least not as expected:" +msgstr "" +"Ao contrário, chamar `checkyesno` como mostrado abaixo não funcionará - pelo " +"menos não como esperado:" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:564 +#, no-wrap +msgid "" +"if checkyesno \"${mumbled_enable}\"; then\n" +" foo\n" +"fi\n" +msgstr "" +"if checkyesno \"${mumbled_enable}\"; then\n" +" foo\n" +"fi\n" + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:569 +msgid "" +"➓ [[rc-flags]]We can affect the flags to be passed to `$command` by " +"modifying `rc_flags` in `$start_precmd`." +msgstr "" +"➓ [[rc-flags]]Podemos afetar as flags que serão passadas para " +"`$command` modificando `rc_flags` em `$start_precmd`." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:573 +msgid "" +"⓫ In certain cases we may need to emit an important message that " +"should go to `syslog` as well. This can be done easily with the following " +"man:rc.subr[8] functions: `debug`, `info`, `warn`, and `err`. The latter " +"function then exits the script with the code specified." +msgstr "" +"⓫ Em certos casos, podemos precisar emitir uma mensagem importante que " +"também deve ser registrada no `syslog`. Isso pode ser feito facilmente com " +"as seguintes funções do man:rc.subr[8]: `debug`, `info`, `warn` e `err`. " +"Esta última função finaliza o script com o código especificado." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:577 +msgid "" +"⓬ The exit codes from methods and their pre-commands are not just " +"ignored by default. If `argument_precmd` returns a non-zero exit code, the " +"main method will not be performed. In turn, `argument_postcmd` will not be " +"invoked unless the main method returns a zero exit code." +msgstr "" +"⓬ Os códigos de saída dos métodos e seus pre-comandos não são apenas " +"ignorados por padrão. Se `argument_precmd` retornar um código de saída " +"diferente de zero, o método principal não será executado. Por sua vez, " +"`argument_postcmd` não será chamado, a menos que o método principal retorne " +"um código de saída igual a zero." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:581 +msgid "" +"However, man:rc.subr[8] can be instructed from the command line to ignore " +"those exit codes and invoke all commands anyway by prefixing an argument " +"with `force`, as in `forcestart`." +msgstr "" +"Entretanto, é possível instruir o man:rc.subr[8] a ignorar esses códigos de " +"saída e executar todos os comandos mesmo assim, adicionando um argumento com " +"o prefixo `force`, como em `forcestart`." + +#. type: Title == +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:584 +#, no-wrap +msgid "Connecting a script to the rc.d framework" +msgstr "Conectando um script ao framework rc.d" + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:591 +msgid "" +"After a script has been written, it needs to be integrated into [." +"filename]#rc.d#. The crucial step is to install the script in [.filename]#/" +"etc/rc.d# (for the base system) or [.filename]#/usr/local/etc/rc.d# (for " +"ports). Both [.filename]#bsd.prog.mk# and [.filename]#bsd.port.mk# provide " +"convenient hooks for that, and usually you do not have to worry about the " +"proper ownership and mode. System scripts should be installed from [." +"filename]#src/libexec/rc/rc.d# through the [.filename]#Makefile# found " +"there. Port scripts can be installed using `USE_RC_SUBR` as described " +"extref:{porters-handbook}[in the Porter's Handbook, rc-scripts]." +msgstr "" +"Depois que um script é escrito, ele precisa ser integrado ao [.filename]#rc." +"d#. O passo crucial é instalar o script em [.filename]#/etc/rc.d# (para o " +"sistema base) ou [.filename]#/usr/local/etc/rc.d# (para o ports). Tanto o [." +"filename]#bsd.prog.mk# quanto o [.filename]#bsd.port.mk# fornecem ganchos " +"convenientes para isso, e geralmente você não precisa se preocupar com a " +"propriedade e o modo adequados. Os scripts do sistema devem ser instalados a " +"partir de [.filename]#src/libexec/rc/rc.d# através do [.filename]#Makefile# " +"encontrado lá. Scripts de ports podem ser instalados usando `USE_RC_SUBR` " +"como descrito no extref:{porters-handbook}[Porter's Handbook, rc-scripts]." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:596 +msgid "" +"However, we should consider beforehand the place of our script in the system " +"startup sequence. The service handled by our script is likely to depend on " +"other services. For instance, a network daemon cannot function without the " +"network interfaces and routing up and running. Even if a service seems to " +"demand nothing, it can hardly start before the basic filesystems have been " +"checked and mounted." +msgstr "" +"No entanto, devemos considerar antecipadamente o local do nosso script na " +"sequência de inicialização do sistema. O serviço manipulado pelo nosso " +"script provavelmente depende de outros serviços. Por exemplo, um daemon de " +"rede não pode funcionar sem as interfaces de rede e o roteamento em " +"funcionamento. Mesmo que um serviço pareça não exigir nada, dificilmente " +"pode ser iniciado antes que os sistemas de arquivos básicos tenham sido " +"verificados e montados." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:602 +msgid "" +"We mentioned man:rcorder[8] already. Now it is time to have a close look at " +"it. In a nutshell, man:rcorder[8] takes a set of files, examines their " +"contents, and prints a dependency-ordered list of files from the set to " +"`stdout`. The point is to keep dependency information _inside_ the files so " +"that each file can speak for itself only. A file can specify the following " +"information:" +msgstr "" +"Nós já mencionamos o man:rcorder[8]. Agora é hora de dar uma olhada mais de " +"perto nele. Em poucas palavras, o man:rcorder[8] pega um conjunto de " +"arquivos, examina seus conteúdos e imprime uma lista ordenada por " +"dependência dos arquivos do conjunto no `stdout`. O objetivo é manter as " +"informações de dependência _dentro_ dos arquivos, de modo que cada arquivo " +"possa falar apenas por si mesmo. Um arquivo pode especificar as seguintes " +"informações:" + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:604 +msgid "" +"the names of the \"conditions\" (which means services to us) it __provides__;" +msgstr "" +"os nomes das \"condições\" (ou seja, serviços para nós) que ele __fornece__;" + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:605 +msgid "the names of the \"conditions\" it __requires__;" +msgstr "os nomes das \"condições\" que ele __requer__;" + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:606 +msgid "the names of the \"conditions\" this file should run __before__;" +msgstr "" +"os nomes das \"condições\" que este arquivo deve ser executado __antes__;" + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:607 +msgid "" +"additional _keywords_ that can be used to select a subset from the whole set " +"of files (man:rcorder[8] can be instructed via options to include or omit " +"the files having particular keywords listed.)" +msgstr "" +"palavras-chave adicionais que podem ser usadas para selecionar um " +"subconjunto do conjunto completo de arquivos (man:rcorder[8] pode ser " +"instruído via opções para incluir ou omitir os arquivos que possuem " +"determinadas palavras-chave listadas.)" + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:612 +msgid "" +"It is no surprise that man:rcorder[8] can handle only text files with a " +"syntax close to that of man:sh[1]. That is, special lines understood by man:" +"rcorder[8] look like man:sh[1] comments. The syntax of such special lines " +"is rather rigid to simplify their processing. See man:rcorder[8] for " +"details." +msgstr "" +"Não é surpresa que o man:rcorder[8] possa lidar apenas com arquivos de texto " +"com uma sintaxe próxima à do man:sh[1]. Ou seja, as linhas especiais " +"entendidas pelo man:rcorder[8] se parecem com comentários do man:sh[1]. A " +"sintaxe dessas linhas especiais é bastante rígida para simplificar seu " +"processamento. Consulte man:rcorder[8] para obter detalhes." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:615 +msgid "" +"Besides using man:rcorder[8] special lines, a script can insist on its " +"dependency upon another service by just starting it forcibly. This can be " +"needed when the other service is optional and will not start by itself " +"because the system admin has disabled it mistakenly in man:rc.conf[5]." +msgstr "" +"Além de usar as linhas especiais entendidas pelo man:rcorder[8], um script " +"pode exigir sua dependência de outro serviço simplesmente iniciando-o " +"forçadamente. Isso pode ser necessário quando o outro serviço é opcional e " +"não iniciará por si só porque o administrador do sistema o desativou por " +"engano em man:rc.conf[5]." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:617 +msgid "" +"With this general knowledge in mind, let us consider the simple daemon " +"script enhanced with dependency stuff:" +msgstr "" +"Com este conhecimento geral em mente, vamos considerar o simples script " +"daemon aprimorado com coisas de dependência:" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:626 +#, no-wrap +msgid "" +"# PROVIDE: mumbled oldmumble <.>\n" +"# REQUIRE: DAEMON cleanvar frotz <.>\n" +"# BEFORE: LOGIN <.>\n" +"# KEYWORD: nojail shutdown <.>\n" +msgstr "" +"# PROVIDE: mumbled oldmumble <.>\n" +"# REQUIRE: DAEMON cleanvar frotz <.>\n" +"# BEFORE: LOGIN <.>\n" +"# KEYWORD: nojail shutdown <.>\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:634 +#, no-wrap +msgid "" +"command=\"/usr/sbin/${name}\"\n" +"start_precmd=\"${name}_prestart\"\n" +msgstr "" +"command=\"/usr/sbin/${name}\"\n" +"start_precmd=\"${name}_prestart\"\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:643 +#, no-wrap +msgid "" +"mumbled_prestart()\n" +"{\n" +"\tif ! checkyesno frotz_enable && \\\n" +"\t ! /etc/rc.d/frotz forcestatus 1>/dev/null 2>&1; then\n" +"\t\tforce_depend frotz || return 1 <.>\n" +"\tfi\n" +"\treturn 0\n" +"}\n" +msgstr "" +"mumbled_prestart()\n" +"{\n" +"\tif ! checkyesno frotz_enable && \\\n" +"\t ! /etc/rc.d/frotz forcestatus 1>/dev/null 2>&1; then\n" +"\t\tforce_depend frotz || return 1 <.>\n" +"\tfi\n" +"\treturn 0\n" +"}\n" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:649 +msgid "As before, detailed analysis follows:" +msgstr "Como antes, a análise detalhada segue:" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:652 +msgid "" +"➊ That line declares the names of \"conditions\" our script " +"provides. Now other scripts can record a dependency on our script by those " +"names." +msgstr "" +"➊ Essa linha declara os nomes das \"condições\" que nosso script " +"fornece. Agora, outros scripts podem registrar uma dependência em nosso " +"script por esses nomes." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:657 +msgid "" +"Usually a script specifies a single condition provided. However, nothing " +"prevents us from listing several conditions there, e.g., for compatibility " +"reasons." +msgstr "" +"Geralmente, um script especifica uma única condição fornecida. No entanto, " +"nada nos impede de listar várias condições, por exemplo, por razões de " +"compatibilidade." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:659 +msgid "" +"In any case, the name of the main, or the only, `PROVIDE:` condition should " +"be the same as `${name}`." +msgstr "" +"Em qualquer caso, o nome da condição principal, ou única, `PROVIDE:` deve " +"ser o mesmo que `${name}`." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:663 +msgid "" +"➋➌ So our script indicates which \"conditions\" provided by " +"other scripts it depends on. According to the lines, our script asks man:" +"rcorder[8] to put it after the script(s) providing [.filename]#DAEMON# and [." +"filename]#cleanvar#, but before that providing [.filename]#LOGIN#." +msgstr "" +"➋➌ Então, nosso script indica em quais \"condições\" " +"fornecidas por outros scripts ele depende. De acordo com as linhas, nosso " +"script pede para o man:rcorder[8] colocá-lo após o(s) script(s) fornecendo o " +"[.filename]#DAEMON# e o [.filename]#cleanvar#, mas antes daquele que fornece " +"[.filename]#LOGIN#." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:669 +msgid "" +"The `BEFORE:` line should not be abused to work around an incomplete " +"dependency list in the other script. The appropriate case for using `BEFORE:" +"` is when the other script does not care about ours, but our script can do " +"its task better if run before the other one. A typical real-life example is " +"the network interfaces vs. the firewall: While the interfaces do not depend " +"on the firewall in doing their job, the system security will benefit from " +"the firewall being ready before there is any network traffic." +msgstr "" +"A linha `BEFORE:` não deve ser usada para contornar uma lista de " +"dependências incompleta em outro script. O caso apropriado para usar " +"`BEFORE:` é quando o outro script não se importa com o nosso, mas nosso " +"script pode executar sua tarefa melhor se for executado antes do outro. Um " +"exemplo típico da vida real é a relação entre as interfaces de rede e o " +"firewall: embora as interfaces não dependam do firewall para fazer o " +"trabalho delas, a segurança do sistema se beneficiará se o firewall estiver " +"pronto antes de haver qualquer tráfego de rede." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:673 +msgid "" +"Besides conditions corresponding to a single service each, there are meta-" +"conditions and their \"placeholder\" scripts used to ensure that certain " +"groups of operations are performed before others. These are denoted by [." +"filename]#UPPERCASE# names. Their list and purposes can be found in man:" +"rc[8]." +msgstr "" +"Além das condições correspondentes a um único serviço, existem meta-" +"condições e seus scripts \"placeholder\" usados para garantir que certos " +"grupos de operações sejam executados antes de outros. Estes são denotados " +"por nomes em [.filename]#UPPERCASE#. Sua lista e propósitos podem ser " +"encontrados no manual man:rc[8]." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:679 +msgid "" +"Keep in mind that putting a service name in the `REQUIRE:` line does not " +"guarantee that the service will actually be running by the time our script " +"starts. The required service may fail to start or just be disabled in man:" +"rc.conf[5]. Obviously, man:rcorder[8] cannot track such details, and man:" +"rc[8] will not do that either. Consequently, the application started by our " +"script should be able to cope with any required services being unavailable. " +"In certain cases, we can help it as discussed <>" +msgstr "" +"Lembre-se de que colocar o nome de um serviço na linha `REQUIRE:` não " +"garante que o serviço realmente estará em execução no momento em que o " +"script começar. O serviço necessário pode falhar ao iniciar ou simplesmente " +"ser desativado em man:rc.conf[5]. Obviamente, o man:rcorder[8] não pode " +"controlar esses detalhes e o man:rc[8] também não fará isso. " +"Consequentemente, a aplicação iniciada pelo nosso script deve ser capaz de " +"lidar com qualquer serviço necessário que esteja indisponível. Em certos " +"casos, podemos ajudá-lo conforme discutido <>" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:684 +msgid "" +"[[keywords]]➍ As we remember from the above text, man:rcorder[8] " +"keywords can be used to select or leave out some scripts. Namely any man:" +"rcorder[8] consumer can specify through `-k` and `-s` options which keywords " +"are on the \"keep list\" and \"skip list\", respectively. From all the " +"files to be dependency sorted, man:rcorder[8] will pick only those having a " +"keyword from the keep list (unless empty) and not having a keyword from the " +"skip list." +msgstr "" +"[[keywords]]➍ Como lembramos do texto acima, as palavras-chave do " +"man:rcorder[8] podem ser usadas para selecionar ou deixar de fora alguns " +"scripts. Qualquer consumidor do man:rcorder[8] pode especificar, através das " +"opções `-k` e `-s`, quais palavras-chave estarão na \"lista de manutenção\" " +"e na \"lista de exclusão\", respectivamente. De todos os arquivos a serem " +"ordenados por dependência, man:rcorder[8] escolherá apenas aqueles que " +"tiverem uma palavra-chave da lista de manutenção (a menos que esteja vazia) " +"e que não tiverem uma palavra-chave da lista de exclusão." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:687 +msgid "" +"In FreeBSD, man:rcorder[8] is used by [.filename]#/etc/rc# and [.filename]#/" +"etc/rc.shutdown#. These two scripts define the standard list of FreeBSD [." +"filename]#rc.d# keywords and their meanings as follows:" +msgstr "" +"No FreeBSD, o man:rcorder[8] é usado por [.filename]#/etc/rc# e [.filename]#/" +"etc/rc.shutdown#. Esses dois scripts definem a lista padrão de palavras-" +"chaves do FreeBSD [.filename]#rc.d# e seus significados da seguinte forma:" + +#. type: Labeled list +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:688 +#, no-wrap +msgid "nojail" +msgstr "nojail" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:690 +msgid "" +"The service is not for man:jail[8] environment. The automatic startup and " +"shutdown procedures will ignore the script if inside a jail." +msgstr "" +"O serviço não é para ambiente man:jail[8]. Os procedimentos automáticos de " +"inicialização e desligamento ignorarão o script se estiver dentro de uma " +"jail." + +#. type: Labeled list +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:691 +#, no-wrap +msgid "nostart" +msgstr "nostart" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:694 +msgid "" +"The service is to be started manually or not started at all. The automatic " +"startup procedure will ignore the script. In conjunction with the [." +"filename]#shutdown# keyword, this can be used to write scripts that do " +"something only at system shutdown." +msgstr "" +"O serviço deve ser iniciado manualmente ou não iniciado de forma alguma. O " +"procedimento de inicialização automático ignorará o script. Em conjunto com " +"a palavra-chave [.filename]#shutdown#, isso pode ser usado para escrever " +"scripts que fazem algo apenas no desligamento do sistema." + +#. type: Labeled list +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:695 +#, no-wrap +msgid "shutdown" +msgstr "shutdown" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:696 +msgid "" +"This keyword is to be listed __explicitly__ if the service needs to be " +"stopped before system shutdown." +msgstr "" +"Este palavra-chave deve ser listada de forma __explícita__ se o serviço " +"precisa ser parado antes do desligamento do sistema." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:709 +msgid "" +"When the system is going to shut down, [.filename]#/etc/rc.shutdown# runs. " +"It assumes that most [.filename]#rc.d# scripts have nothing to do at that " +"time. Therefore [.filename]#/etc/rc.shutdown# selectively invokes [." +"filename]#rc.d# scripts with the [.filename]#shutdown# keyword, effectively " +"ignoring the rest of the scripts. For even faster shutdown, [.filename]#/" +"etc/rc.shutdown# passes the [.filename]#faststop# command to the scripts it " +"runs so that they skip preliminary checks, e.g., the pidfile check. As " +"dependent services should be stopped before their prerequisites, [." +"filename]#/etc/rc.shutdown# runs the scripts in reverse dependency order. " +"If writing a real [.filename]#rc.d# script, you should consider whether it " +"is relevant at system shutdown time. E.g., if your script does its work in " +"response to the [.filename]#start# command only, then you need not to " +"include this keyword. However, if your script manages a service, it is " +"probably a good idea to stop it before the system proceeds to the final " +"stage of its shutdown sequence described in man:halt[8]. In particular, a " +"service should be stopped explicitly if it needs considerable time or " +"special actions to shut down cleanly. A typical example of such a service " +"is a database engine." +msgstr "" +"Quando o sistema está prestes a desligar, o arquivo [.filename]#/etc/rc." +"shutdown# é executado. Ele assume que a maioria dos scripts [.filename]#rc.d#" +" não tem nada a fazer nesse momento. Portanto, o [.filename]#/etc/rc." +"shutdown# invoca seletivamente scripts [.filename]#rc.d# com a palavra-chave " +"[.filename]#shutdown#, ignorando efetivamente o restante dos scripts. Para " +"desligamento ainda mais rápido, o [.filename]#/etc/rc.shutdown# passa o " +"comando [.filename]#faststop# para os scripts que executa para que eles " +"pulem verificações preliminares, como a verificação do pidfile. Como os " +"serviços dependentes devem ser interrompidos antes de suas dependências, o [." +"filename]#/etc/rc.shutdown# executa os scripts em ordem de dependência " +"reversa. Se você está escrevendo um script [.filename]#rc.d# real, deve " +"considerar se ele é relevante no momento do desligamento do sistema. Por " +"exemplo, se o seu script faz seu trabalho apenas em resposta ao comando [." +"filename]#start#, então você não precisa incluir essa palavra-chave. No " +"entanto, se o seu script gerencia um serviço, é provavelmente uma boa ideia " +"pará-lo antes que o sistema prossiga para o estágio final de sua sequência " +"de desligamento descrita em man:halt[8]. Em particular, um serviço deve ser " +"interrompido explicitamente se precisar de tempo considerável ou ações " +"especiais para ser desligado corretamente. Um exemplo típico desse tipo de " +"serviço é um mecanismo de banco de dados." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:713 +msgid "" +"[[forcedep]]➎ To begin with, `force_depend` should be used with much " +"care. It is generally better to revise the hierarchy of configuration " +"variables for your [.filename]#rc.d# scripts if they are interdependent." +msgstr "" +"[[forcedep]] ➎ Em primeiro lugar, `force_depend` deve ser usado com " +"muito cuidado. Geralmente, é melhor revisar a hierarquia das variáveis de " +"configuração para seus scripts [.filename]#rc.d# se eles são " +"interdependentes." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:722 +msgid "" +"If you still cannot do without `force_depend`, the example offers an idiom " +"of how to invoke it conditionally. In the example, our `mumbled` daemon " +"requires that another one, `frotz`, be started in advance. However, `frotz` " +"is optional, too; and man:rcorder[8] knows nothing about such details. " +"Fortunately, our script has access to all man:rc.conf[5] variables. If " +"`frotz_enable` is true, we hope for the best and rely on [.filename]#rc.d# " +"to have started `frotz`. Otherwise we forcibly check the status of " +"`frotz`. Finally, we enforce our dependency on `frotz` if it is found to be " +"not running. A warning message will be emitted by `force_depend` because it " +"should be invoked only if a misconfiguration has been detected." +msgstr "" +"Se ainda assim você não puder abrir mão do `force_depend`, o exemplo oferece " +"um exemplo de como invocá-lo condicionalmente. No exemplo, nosso daemon " +"`mumbled` requer que outro daemon, `frotz`, seja iniciado antecipadamente. " +"No entanto, `frotz` também é opcional; e o man:rcorder[8] não conhece esses " +"detalhes. Felizmente, nosso script tem acesso a todas as variáveis de man:rc." +"conf[5]. Se `frotz_enable` for verdadeiro, esperamos o melhor e confiamos no " +"[.filename]#rc.d# para ter iniciado `frotz`. Caso contrário, verificamos " +"forçadamente o status de `frotz`. Finalmente, impomos nossa dependência em " +"`frotz` se ele não estiver em execução. Uma mensagem de aviso será emitida " +"por `force_depend`, pois ele só deve ser invocado se uma configuração " +"incorreta for detectada." + +#. type: Title == +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:724 +#, no-wrap +msgid "Giving more flexibility to an rc.d script" +msgstr "Dando mais flexibilidade a um script rc.d" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:733 +msgid "" +"When invoked during startup or shutdown, an [.filename]#rc.d# script is " +"supposed to act on the entire subsystem it is responsible for. E.g., [." +"filename]#/etc/rc.d/netif# should start or stop all network interfaces " +"described by man:rc.conf[5]. Either task can be uniquely indicated by a " +"single command argument such as `start` or `stop`. Between startup and " +"shutdown, [.filename]#rc.d# scripts help the admin to control the running " +"system, and it is when the need for more flexibility and precision arises. " +"For instance, the admin may want to add the settings of a new network " +"interface to man:rc.conf[5] and then to start it without interfering with " +"the operation of the existing interfaces. Next time the admin may need to " +"shut down a single network interface. In the spirit of the command line, " +"the respective [.filename]#rc.d# script calls for an extra argument, the " +"interface name." +msgstr "" +"Quando invocado durante a inicialização ou desligamento, um script [." +"filename]#rc.d# deve agir em todo o subsistema pelo qual é responsável. Por " +"exemplo, o [.filename]#/etc/rc.d/netif# deve iniciar ou parar todas as " +"interfaces de rede descritas em man:rc.conf[5]. Cada tarefa pode ser " +"indicada por um único argumento de comando, como `start` ou `stop`. Entre a " +"inicialização e o desligamento, os scripts [.filename]#rc.d# ajudam o " +"administrador a controlar o sistema em execução e é quando surge a " +"necessidade de mais flexibilidade e precisão. Por exemplo, o administrador " +"pode querer adicionar as configurações de uma nova interface de rede em " +"man:rc.conf[5] e, em seguida, iniciá-la sem interferir na operação das " +"interfaces existentes. Na próxima vez, o administrador pode precisar " +"desligar uma única interface de rede. Para facilitar o uso na linha de " +"comando, o respectivo script [.filename]#rc.d# pede um argumento extra, o " +"nome da interface." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:736 +msgid "" +"Fortunately, man:rc.subr[8] allows for passing any number of arguments to " +"script's methods (within the system limits). Due to that, the changes in " +"the script itself can be minimal." +msgstr "" +"Felizmente, o man:rc.subr[8] permite passar qualquer número de argumentos " +"para os métodos do script (dentro dos limites do sistema). Devido a isso, as " +"mudanças no próprio script podem ser mínimas." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:741 +msgid "" +"How can man:rc.subr[8] gain access to the extra command-line arguments. " +"Should it just grab them directly? Not by any means. Firstly, an man:sh[1] " +"function has no access to the positional parameters of its caller, but man:" +"rc.subr[8] is just a sack of such functions. Secondly, the good manner of [." +"filename]#rc.d# dictates that it is for the main script to decide which " +"arguments are to be passed to its methods." +msgstr "" +"Como o man:rc.subr[8] pode ter acesso aos argumentos adicionais da linha de " +"comando? Ele deve simplesmente pegá-los diretamente? De maneira alguma! Em " +"primeiro lugar, uma função do man:sh[1] não tem acesso aos parâmetros " +"posicionais de quem a chamou, mas o man:rc.subr[8] é apenas um conjunto " +"dessas funções. Em segundo lugar, a boa prática do [.filename]#rc.d# dita " +"que é responsabilidade do script principal decidir quais argumentos devem " +"ser passados para seus métodos." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:745 +msgid "" +"So the approach adopted by man:rc.subr[8] is as follows: `run_rc_command` " +"passes on all its arguments but the first one to the respective method " +"verbatim. The first, omitted, argument is the name of the method itself: " +"`start`, `stop`, etc. It will be shifted out by `run_rc_command`, so what " +"is `$2` in the original command line will be presented as `$1` to the " +"method, and so on." +msgstr "" +"Portanto, a abordagem adotada pelo man:rc.subr[8] é a seguinte: " +"`run_rc_command` passa todos os seus argumentos, exceto o primeiro, ao " +"respectivo método sem alterações. O primeiro argumento omitido é o nome do " +"método em si: `start`, `stop`, etc. Ele será removido por `run_rc_command`, " +"então o que é `$2` na linha de comando original será apresentado como `$1` " +"para o método, e assim por diante." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:748 +msgid "" +"To illustrate this opportunity, let us modify the primitive dummy script so " +"that its messages depend on the additional arguments supplied. Here we go:" +msgstr "" +"Para ilustrar essa oportunidade, vamos modificar o script fictício primitivo " +"para que suas mensagens dependam dos argumentos adicionais fornecidos. Aqui " +"vamos nós:" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:760 +#, no-wrap +msgid "" +"name=\"dummy\"\n" +"start_cmd=\"${name}_start\"\n" +"stop_cmd=\":\"\n" +"kiss_cmd=\"${name}_kiss\"\n" +"extra_commands=\"kiss\"\n" +msgstr "" +"name=\"dummy\"\n" +"start_cmd=\"${name}_start\"\n" +"stop_cmd=\":\"\n" +"kiss_cmd=\"${name}_kiss\"\n" +"extra_commands=\"kiss\"\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:769 +#, no-wrap +msgid "" +"dummy_start()\n" +"{\n" +" if [ $# -gt 0 ]; then <.>\n" +" echo \"Greeting message: $*\"\n" +" else\n" +" echo \"Nothing started.\"\n" +" fi\n" +"}\n" +msgstr "" +"dummy_start()\n" +"{\n" +" if [ $# -gt 0 ]; then <.>\n" +" echo \"Greeting message: $*\"\n" +" else\n" +" echo \"Nothing started.\"\n" +" fi\n" +"}\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:785 +#, no-wrap +msgid "" +"dummy_kiss()\n" +"{\n" +" echo -n \"A ghost gives you a kiss\"\n" +" if [ $# -gt 0 ]; then <.>\n" +" echo -n \" and whispers: $*\"\n" +" fi\n" +" case \"$*\" in\n" +" *[.!?])\n" +" echo\n" +" ;;\n" +" *)\n" +" echo .\n" +" ;;\n" +" esac\n" +"}\n" +msgstr "" +"dummy_kiss()\n" +"{\n" +" echo -n \"A ghost gives you a kiss\"\n" +" if [ $# -gt 0 ]; then <.>\n" +" echo -n \" and whispers: $*\"\n" +" fi\n" +" case \"$*\" in\n" +" *[.!?])\n" +" echo\n" +" ;;\n" +" *)\n" +" echo .\n" +" ;;\n" +" esac\n" +"}\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:788 +#, no-wrap +msgid "" +"load_rc_config $name\n" +"run_rc_command \"$@\" <.>\n" +msgstr "" +"load_rc_config $name\n" +"run_rc_command \"$@\" <.>\n" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:791 +msgid "What essential changes can we notice in the script?" +msgstr "Quais mudanças essenciais podemos notar no script?" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:796 +msgid "" +"➊ All arguments you type after `start` can end up as positional " +"parameters to the respective method. We can use them in any way according " +"to our task, skills, and fancy. In the current example, we just pass all of " +"them to man:echo[1] as one string in the next line - note `$*` within the " +"double quotes. Here is how the script can be invoked now:" +msgstr "" +"➊ Todos os argumentos que você digita após `start` podem acabar como " +"parâmetros posicionais para o respectivo método. Podemos usá-los de qualquer " +"maneira de acordo com nossa tarefa, habilidades e gosto. No exemplo atual, " +"simplesmente passamos todos eles para o man:echo[1] como uma única string na " +"próxima linha - observe o `$*` dentro das aspas duplas. Aqui está como o " +"script pode ser invocado agora:" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:801 +#, no-wrap +msgid "" +"# /etc/rc.d/dummy start\n" +"Nothing started.\n" +msgstr "" +"# /etc/rc.d/dummy start\n" +"Nothing started.\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:804 +#, no-wrap +msgid "" +"# /etc/rc.d/dummy start Hello world!\n" +"Greeting message: Hello world!\n" +msgstr "" +"# /etc/rc.d/dummy start Hello world!\n" +"Greeting message: Hello world!\n" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:808 +msgid "" +"➋ The same applies to any method our script provides, not only to a " +"standard one. We have added a custom method named `kiss`, and it can take " +"advantage of the extra arguments not less than `start` does. E.g.:" +msgstr "" +"➋ O mesmo se aplica a qualquer método que nosso script ofereça, não " +"apenas a um padrão. Adicionamos um método personalizado chamado `kiss`, e " +"ele pode tirar proveito dos argumentos extras da mesma forma que o `start` " +"pode. Por exemplo:" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:813 +#, no-wrap +msgid "" +"# /etc/rc.d/dummy kiss\n" +"A ghost gives you a kiss.\n" +msgstr "" +"# /etc/rc.d/dummy kiss\n" +"A ghost gives you a kiss.\n" + +#. type: delimited block . 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:816 +#, no-wrap +msgid "" +"# /etc/rc.d/dummy kiss Once I was Etaoin Shrdlu...\n" +"A ghost gives you a kiss and whispers: Once I was Etaoin Shrdlu...\n" +msgstr "" +"# /etc/rc.d/dummy kiss Once I was Etaoin Shrdlu...\n" +"A ghost gives you a kiss and whispers: Once I was Etaoin Shrdlu...\n" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:819 +msgid "" +"➌ If we want just to pass all extra arguments to any method, we can " +"merely substitute `\"$@\"` for `\"$1\"` in the last line of our script, " +"where we invoke `run_rc_command`." +msgstr "" +"➌ Se quisermos apenas passar todos os argumentos extras para qualquer " +"método, podemos simplesmente substituir `\"$1\"` por `\"$@\"` na última " +"linha do nosso script, onde invocamos `run_rc_command`." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:825 +msgid "" +"An man:sh[1] programmer ought to understand the subtle difference between `" +"$*` and `$@` as the ways to designate all positional parameters. For its in-" +"depth discussion, refer to a good handbook on man:sh[1] scripting. _Do not_ " +"use the expressions until you fully understand them because their misuse " +"will result in buggy and insecure scripts." +msgstr "" +"Um programador em man:sh[1] deve entender a diferença sutil entre `$*` e `$@`" +" como formas de designar todos os parâmetros posicionais. Para uma discussão " +"aprofundada, consulte um bom manual de man:sh[1]. Não use essas expressões " +"até entender completamente o seu uso, pois o uso incorreto pode resultar em " +"scripts com bugs e inseguros." + +#. type: delimited block = 4 +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:832 +msgid "" +"Currently `run_rc_command` may have a bug that prevents it from keeping the " +"original boundaries between arguments. That is, arguments with embedded " +"whitespace may not be processed correctly. The bug stems from `$*` misuse." +msgstr "" +"Atualmente, o `run_rc_command` pode ter um bug que o impede de manter as " +"fronteiras originais entre os argumentos. Ou seja, argumentos com espaços em " +"branco embutidos podem não ser processados corretamente. O bug decorre do " +"uso inadequado de `$*`." + +#. type: Title == +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:835 +#, no-wrap +msgid "Further reading" +msgstr "Leitura adicional" + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:839 +msgid "" +"[[lukem]]http://www.mewburn.net/luke/papers/rc.d.pdf[The original article by " +"Luke Mewburn] offers a general overview of [.filename]#rc.d# and detailed " +"rationale for its design decisions. It provides insight on the whole [." +"filename]#rc.d# framework and its place in a modern BSD operating system." +msgstr "" +"[[lukem]]http://www.mewburn.net/luke/papers/rc.d.pdf[O artigo original de " +"Luke Mewburn] oferece uma visão geral do [.filename]#rc.d# e uma " +"justificativa detalhada para suas decisões de design. Ele fornece uma " +"compreensão do quadro geral do [.filename]#rc.d# e seu lugar em um sistema " +"operacional BSD moderno." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:842 +msgid "" +"[[manpages]]The manual pages man:rc[8], man:rc.subr[8], and man:rcorder[8] " +"document the [.filename]#rc.d# components in great detail. You cannot fully " +"use the [.filename]#rc.d# power without studying the manual pages and " +"referring to them while writing your own scripts." +msgstr "" +"[[manpages]]As páginas do manual para man:rc[8], man:rc.subr[8] e " +"man:rcorder[8] documentam em detalhes os componentes do sistema [." +"filename]#rc.d#. Você não pode aproveitar completamente o poder do [." +"filename]#rc.d# sem estudar as páginas do manual e consultá-las ao escrever " +"seus próprios scripts." + +#. type: Plain text +#: documentation/content/en/articles/rc-scripting/_index.adoc:846 +msgid "" +"The major source of working, real-life examples is [.filename]#/etc/rc.d# in " +"a live system. Its contents are easy and pleasant to read because most " +"rough corners are hidden deep in man:rc.subr[8]. Keep in mind though that " +"the [.filename]#/etc/rc.d# scripts were not written by angels, so they might " +"suffer from bugs and suboptimal design decisions. Now you can improve them!" +msgstr "" +"A principal fonte de exemplos práticos e funcionais é o diretório [." +"filename]#/etc/rc.d# em um sistema em operação. O seu conteúdo é fácil e " +"agradável de ler, pois a maioria das partes difíceis está escondida " +"profundamente em man:rc.subr[8]. No entanto, tenha em mente que os scripts " +"em [.filename]#/etc/rc.d# não foram escritos por anjos, então eles podem " +"conter bugs e decisões de design subótimas. Agora você pode melhorá-los!" + +#~ msgid "" +#~ "include::shared/attributes/attributes-{{% lang %}}.adoc[] include::shared/" +#~ "{{% lang %}}/teams.adoc[] include::shared/{{% lang %}}/mailing-lists." +#~ "adoc[] include::shared/{{% lang %}}/urls.adoc[]" +#~ msgstr "" +#~ "include::shared/attributes/attributes-{{% lang %}}.adoc[] include::shared/" +#~ "{{% lang %}}/teams.adoc[] include::shared/{{% lang %}}/mailing-lists." +#~ "adoc[] include::shared/{{% lang %}}/urls.adoc[]"